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Empregabilidade trans: o impacto de abrir portas para a diversidade no mercado de trabalho

SulAmérica assina novos compromissos que reforçam a inclusão e diversidade na companhia / Foto: Fauxels
Foto: Fauxels

No mês da Visibilidade Trans, dados e depoimentos reforçam a urgência de criar oportunidades que transformam vidas e empresas

No Brasil, ser trans e conquistar espaço no mercado de trabalho formal ainda é um desafio monumental. Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revelam que 90% das mulheres trans e travestis recorrem à prostituição como única alternativa de sustento, reflexo de uma sociedade que frequentemente nega acesso à educação, emprego e condições básicas de sobrevivência. Para completar o cenário de exclusão, a expectativa de vida dessa população é de apenas 35 anos, um dado alarmante que evidencia o peso da transfobia estrutural.

Mas como mudar essa realidade? Especialistas e organizações apontam que a inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho não apenas resgata dignidade e autoestima, mas também beneficia diretamente as empresas. Estudos mostram que times diversos são mais inovadores, tomam decisões mais rápidas e conseguem dialogar melhor com diferentes públicos, fortalecendo a imagem e os resultados das organizações.

Empresas que já abraçaram a inclusão comprovam os benefícios. “Dar oportunidade para pessoas trans é investir em diversidade, criatividade e resultados melhores. Na Saluz RP, fazemos questão de abrir espaço para talentos diversos, porque sabemos que é disso que o mercado precisa: coragem para ser inclusivo e inovador ao mesmo tempo,” afirma Valentina Saluz, empresária e diretora da Saluz RP, uma boutique de assessoria de imprensa com foco em diversidade e qualidade.

Embora ainda exista resistência e preconceito, iniciativas como programas de capacitação profissional e ações afirmativas têm ganhado força. A Antra, que há mais de três décadas atua em defesa da população trans e travesti, reforça que a visibilidade deve ser acompanhada por medidas concretas. “Precisamos que as empresas abram suas portas, mas também preparem seus times para receber a diversidade com respeito e naturalidade”, destaca a associação em nota recente.

A mudança começa com pequenas ações: revisar políticas internas, oferecer treinamentos sobre diversidade e, principalmente, enxergar além dos estigmas. Contratar pessoas trans não é um ato de caridade — é um passo essencial para construir um futuro mais justo, onde o talento e o esforço sejam reconhecidos, independentemente de gênero.

Neste mês da Visibilidade Trans, a mensagem é clara: a inclusão no mercado de trabalho é uma questão de sobrevivência para milhares de pessoas. E mais do que isso, é uma oportunidade para empresas se tornarem protagonistas de um movimento transformador.

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