Emprego na saúde suplementar segue em alta, mas setor público recua em vínculos

A.C.Camargo lança MBA em parceria com IBMEC sobre Gestão em Saúde com ênfase em Ambientes Complexos / Foto: Freepik
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Brasil criou 39 mil novos postos formais na cadeia da saúde em três meses; Nordeste lidera crescimento impulsionado por Pernambuco

A cadeia produtiva da saúde no Brasil registrou um saldo positivo de 39,3 mil novos empregos formais entre fevereiro e maio deste ano, alcançando o total de 5,22 milhões de vínculos ativos no setor. O crescimento corresponde a 0,8% no período, em linha com o avanço registrado pela economia como um todo (alta de 1%). Os dados integram a edição 77 do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que se baseia em dados do Novo Caged, Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da Economia e Portais de Transparência.

A íntegra do relatório está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-08/RECS77.pdf e um dashboard interativo com dados detalhados pode ser acessado em https://public.tableau.com/app/profile/iess/viz/RelatriodeEmprego/RelatriodeEmprego?publish=yes

Há, segundo o relatório, um cenário de expansão do emprego na saúde impulsionado principalmente pelo setor privado, enquanto o setor público apresentou retração.

Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, o setor de saúde tem demonstrado resiliência e capacidade de gerar emprego mesmo em um ambiente macroeconômico instável. “A dinâmica atual mostra que a cadeia privada tem sustentado o crescimento, enquanto o setor público enfrenta limitações”, enfatiza.

Nordeste

Embora a Região Sudeste ainda concentre o maior número absoluto de vínculos (2,6 milhões), o Nordeste liderou o crescimento proporcional de empregos na saúde por habitante, com alta de 7,8% no comparativo de maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado. A região mantém mais de 1 milhão de vínculos formais, com significativa participação do setor público (26,5%).

Em um ano, Pernambuco registrou o maior crescimento de empregos na saúde no Nordeste do País, com alta de 15,7% em maio de 2025 ante o mesmo mês do ano passado, equivalendo a 29,5 mil novos postos. O estado conta com 217,4 mil postos na área de saúde, sendo 142,2 mil privados e 75,2 mil públicos.

Cabe destacar que o emprego na saúde em Pernambuco parece refletir o comportamento da economia estadual.

Dados recentes divulgados pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag-PE) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado fechou o quarto trimestre de 2024 com um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2023 e, no acumulado de 2024.

O segundo lugar em crescimento de emprego na saúde da região ficou com o Ceará, com alta de 14% no acumulado (correspondendo a 19,4 mil novas ocupações). Dos 158,4 mil profissionais que atuam na saúde cearense, 123,2 mil estão locados no sistema privado e 35,1 mil no público.

“O desempenho do Nordeste indica uma interiorização da oferta de serviços e da demanda por profissionais de saúde. Isso reflete tanto investimentos regionais quanto o avanço da formalização”, analisa Cechin.

Outros destaques do RECS

  • 5,2 milhões de vínculos formais na cadeia da saúde (pública e privada) em maio de 2025
  • 18,2% dos vínculos são do setor público
  • A saúde representa 10,8% do total de empregos formais da economia brasileira
  • Retração de -4,5% no setor público no Norte em apenas três meses

No recorte da saúde suplementar, a expansão se mostra ainda mais robusta. Entre maio de 2024 e maio de 2025, a cadeia privada registrou saldo acumulado de 167,7 mil empregos, com destaque para os prestadores de serviços, responsáveis por 125,2 mil novas vagas, o equivalente a 75% do crescimento total do setor. Fornecedores registraram 37,5 mil novos empregos no mesmo período, enquanto operadoras de planos de saúde adicionaram cerca de 5 mil novos postos.

O Sudeste segue como polo de emprego na saúde, reforçando as diferenças regionais:

  • Norte: maior dependência do setor público (45,4% dos vínculos), mas teve a maior retração pública (-4,5%)
  • Sul: maior participação do setor privado (88,7%), com crescimento moderado de vínculos (0,9%)
  • Centro-Oeste: maior taxa de crescimento no total da cadeia (2,2%), mesmo com retração pública (-0,8%)

“Apesar das assimetrias regionais, a saúde segue sendo um dos maiores empregadores formais do país e tem papel estratégico na geração de renda e inclusão produtiva”, conclui Cechin.

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