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Empresas familiares, mesmo com alta rentabilidade, sofrem com dificuldade de acesso à capital

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Foto por Campaign Creators no Unsplash

Levantamento analisou um universo de 1.033 empresas com receitas anuais entre R$ 300 milhões e R$ 1,2 bilhão de reais

Estudo da Novara Advisory, fundada por Ivan de Souza, revela que empresas familiares, embora com maior rentabilidade e crescimento, ainda enfrentam dificuldades significativas no acesso a funding. O levantamento indica que esse grupo de empresas paga, em média, uma taxa de 17,5% ao ano para captar recursos, 30% maior quando comparada com os 13,5% das empresas não familiares.

O estudo analisou 1.033 empresas, entre 2020 e 2024, com receitas anuais entre R$ 300 milhões e R$ 1,2 bilhão e destacou que as companhias familiares mantiveram, ao longo destes nos, um peso da dívida de curto prazo entre 35% a 80% superior aos das não familiares.

O estudo também revela que as empresas familiares lideraram o crescimento de vendas nos últimos 5 anos dentre as companhias analisadas, alcançando 17% de alta anual, superando os 14% das empresas não familiares. Além disso, a rentabilidade das empresas do grupo foi de 17,6%, enquanto as não familiares atingiram apenas 11,9%.

“Ao utilizar menos capital, as empresas familiares apresentaram um retorno melhor, sem comprometer o seu crescimento”, afirma Ivan de Souza, fundador da Novara. Ele observa que 57% das empresas familiares superaram o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) médio das empresas do Ibovespa, em contraste com 43% das não familiares.

O estudo também aponta que as empresas familiares estão quase duas vezes mais presentes em setores não intensivos em capital, como comércio e serviços.

De acordo com os executivos da Novara Advisory, movimentos de abertura de capital podem melhorar o acesso das empresas familiares a funding, ainda que o medo de perder o controle ou de aumentar a complexidade da governança tenham historicamente dificultado essa estratégia. “Uma nova geração de líderes familiares, que traz experiências e visões diferentes, pode transformar esse cenário”, sugere de Souza.

Para enfrentar os desafios e garantir o crescimento contínuo, o estudo identifica quatro aspectos fundamentais para empresas familiares: eficiência operacional, fortalecimento da base de capital, redução do custo de dívida e internacionalização. Atualmente, apenas 39% das empresas familiares atuam fora do Brasil, proporcionando uma grande oportunidade de expansão e maior competitividade no mercado global.

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