No Brasil, ainda é pequeno o número de empresas que contratam o seguro contra ciberataques que poderiam mitigar perdas
Os investimentos em tecnologia e proteção de dados tornaram-se preocupação primordial para as empresas, independentemente do tamanho e setor de atuação no mercado. Mas, na contramão desse processo, poucas são as empresas que investem na mitigação dos danos em caso de um ciberataque. Entre as atentas à contratação da modalidade, estão bancos, hospitais, as do setor de telecomunicações e também concessionárias de serviços públicos.
Especialista em seguros contra ciberataques, Ilan Kajan Golia, vice-presidente de riscos corporativos da Alper Seguros, avalia que no Brasil, surpreendentemente, menos de 1% das empresas com faturamento anual superior a R$ 100 milhões estão asseguradas contra ataques cibernéticos. O dado aponta para uma grave falha na cultura de proteção digital no país. “As empresas investem em cibersegurança, mas, fatalmente, ataques podem ainda assim ocorrer. Proteger o seu lado institucional pode evitar muita dor de cabeça em relação a multas e indenizações, além de assegurar retornos para as pessoas afetadas”, destaca.
Além de assegurar por parte de perdas financeiras decorrentes deste processo, a contratação desse tipo de seguro garante o resgate de dados, lucros cessantes, penalidades legais e danos causados a terceiros por vazamentos de informações. Bancos, cassinos online e órgãos governamentais, são exemplos de instituições empresariais mais vulneráveis e alvo de ataques com fins de resgate financeiro dos dados. “Apesar da existência de medidas de segurança como sistemas de backup, estas não eliminam completamente o risco de ataques cibernéticos. É vital reconhecer que nenhuma instituição está totalmente segura contra ameaças digitais. Neste cenário, o seguro contra ataques cibernéticos emerge como mais uma ferramenta crucial e componente crítico na estratégia de gestão de riscos”, finaliza.
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