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Empresas querem investir em energias limpas, mas ainda há barreiras, mostra pesquisa da WTW

wind turbines on green grass field under blue sky during daytime
Photo by Peter Beukema on Unsplash

Segundo o estudo, quebra na cadeia de suprimentos é maior preocupação (79%), seguida por riscos geopolíticos (78%), interferências relacionadas às condições climáticas (61%) e riscos climáticos físicos (50%)

As empresas estão buscando a transição energética, adotando energias limpas, contudo, ainda existem diversas barreiras e preocupações para que essa migração aconteça. Isso é o que mostra a mais recente pesquisa Global Clean Energy Survey 2025, da WTW, uma das maiores corretoras de seguros e consultora de riscos do mundo, em parceria com a Coleman Parkes Research.

Foram ouvidos 450 tomadores de decisões dos setores de risco, sustentabilidade e corporativo, de segmentos de energia renovável; petróleo, gás e produtos químicos; mineração e metais; e energia e serviços públicos.

De acordo com a pesquisa, 63% enxergam a transição para energia limpa como oportunidade de crescimento. Tanto que o investimento em tecnologias e infraestrutura de energias limpas aumentará, em média, de 34% no próximo ano fiscal, passando de uma média de US$ 185 milhões em 2024-25 para US$ 249 milhões.

Contudo, ao olharmos por setor, o percentual muda. No segmento de petróleo e gás, os investimentos serão de 29% enquanto o de mineração e metais chegará até 51%. Regionalmente, o investimento será maior na América do Norte, onde 20% das empresas planejam investir entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, e menor no Oriente Médio, onde apenas 5% planejam investir nesse nível.

“A análise indica que há o interesse das empresas em investir em energias renováveis e menos agressivas ao planeta, mas o movimento exige cautela, principalmente por conta dos riscos e desafios”, explica Paulo Mantovani, diretor de Recursos Naturais da WTW no Brasil.

Preocupações e riscos

Para 79% dos ouvidos, a quebra na cadeia de suprimentos como o principal risco, seguido por riscos geopolíticos (78%).

Além disso, 61% dos entrevistados se preocupam com as interferências relacionadas às condições climáticas – questões como falta de vento, luz solar ou chuva podem interferir nos modelos de energias eólica, solar e hídrica, gerando perdas financeiras. Os riscos climáticos físicos também foram mencionados como uma das maiores apreensões, por 50% dos entrevistados.

Foco no futuro

Segundo a pesquisa, 100% das empresas de recursos naturais possuem uma estratégia de energia limpa, mas com diferentes níveis de maturidade.

Como esperado, 71% das empresas de energias renováveis estão em fase de implementação ou totalmente implementadas; em comparação com 63% das empresas de energia, 43% das empresas de mineração e metais e 36% das empresas de petróleo e gás.

Também há mudanças no foco dos investimentos. Para os respondentes, 51% afirmaram que a energia solar é prioridade a curto e médio prazo; 61% priorizarão soluções de armazenamento de baterias e captura e armazenamento de carbono no médio e longo prazo; já em um prazo de 10 anos à frente, as fontes geotermais e hidrogênio foram listadas como alta prioridade.

“A transição energética é algo urgente, mas já ficou visível que os grandes projetos de engenharia ficaram em segundo plano, com as empresas apostando em algo mais ‘simples’ e rápido. Além disso, formas de armazenamento também é um móvito de preocupação, o que requer investimentos e pesquisas”, finaliza Mantovani.

Mercado segurador

O mercado segurador terá um protagonismo muito grande na transição energética, mas, para isso, também precisará superar desafios.

O Global Clean Energy Survey 2025 aponta que os maiores obstáculos para a transferência de riscos ao mercado de seguros são: exclusões amplas ou excessivas (53%); duração limitada ou inflexibilidade dos seguros (48%); falta de produtos de seguro adequados (47%); franquias elevadas/período de carência (46%); exigências de engenharia de risco (46%).

 

 

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