Danos elétricos, perda de lucros e deterioração de mercadorias podem ser cobertos com uma apólice bem estruturada, e a REP Seguros orienta como se preparar
Na última segunda-feira, 28 de abril de 2025, um apagão de grandes proporções deixou milhões de pessoas sem energia elétrica em Portugal, Espanha e partes do sul da França. O incidente, considerado o maior da história da Península Ibérica, ocorreu por volta das 12h33 (horário local) e resultou na perda súbita de 15 gigawatts de geração em apenas cinco segundos, o que representou cerca de 60% da demanda energética da Espanha naquele momento. O colapso afetou sistemas de transporte, comunicações e serviços essenciais, gerando prejuízos econômicos estimados entre €2,25 e €4,5 bilhões
Apagões elétricos também estão cada vez mais frequentes em diversas regiões do Brasil e têm causado prejuízos milionários para empresas de todos os portes. Além de paralisar atividades produtivas e comerciais, as oscilações na rede de energia podem danificar equipamentos sensíveis, comprometer estoques refrigerados e impactar diretamente no faturamento. Diante desse cenário, contar com um seguro empresarial bem estruturado se torna uma estratégia essencial de proteção e continuidade dos negócios.
Segundo Marlon Basso, superintendente da REP Seguros, há três coberturas principais que podem ser contratadas dentro de uma apólice empresarial para mitigar os impactos causados por blecautes: Danos Elétricos, Lucros Cessantes – Falta de Energia/Utilidades e Deterioração de Mercadorias.
“Cada uma dessas coberturas responde a um tipo de prejuízo específico. Se o problema for a queima de equipamentos, entra a cobertura de Danos Elétricos. Se a empresa perder receita por conta da interrupção da operação, é preciso contar com Lucros Cessantes. E se produtos armazenados, especialmente os refrigerados, forem comprometidos, a cobertura de Deterioração de Mercadorias é a solução”, explica.
Essas quedas de energia nem sempre são longas, mas mesmo um desligamento seguido de religamento rápido pode ser suficiente para causar sérios problemas técnicos. “Esse tipo de variação de energia pode eventualmente causar danos eletromecânicos, como a quebra de eixo de motores elétricos de grande porte”, alerta Marlon.
Apagões podem ser provocados por sobrecarga no sistema elétrico, falhas técnicas, problemas climáticos ou acidentes em subestações e redes de transmissão. O mais preocupante é que, mesmo fora da responsabilidade direta da empresa, os prejuízos acabam recaindo sobre ela.
Por isso, Basso enfatiza a importância de não negligenciar a estruturação correta da apólice. “Muitas empresas contratam um seguro básico, pensando apenas em incêndio, roubo ou responsabilidade civil, mas esquecem que riscos como oscilações e falhas de energia também devem ser contemplados. Um bom corretor pode ajudar a mapear as vulnerabilidades do negócio e personalizar a proteção conforme a atividade e o porte da empresa”, afirma.
Além da cobertura financeira, a proteção securitária também oferece segurança jurídica e estabilidade para a operação, garantindo que o empresário não fique à mercê de variáveis externas.
“Com a infraestrutura elétrica brasileira enfrentando desafios de expansão e manutenção, os apagões devem continuar sendo uma realidade. A boa notícia é que, com um planejamento adequado e uma apólice bem construída, é possível minimizar os impactos e manter a empresa funcionando com segurança”, conclui Basso.