Em meio à crescente onda de fraudes, a Embracon revela táticas de golpistas e orienta sobre segurança
A crescente sofisticação dos golpes financeiros no mercado tem acendido um alerta para consumidores e instituições financeiras. Nas últimas semanas, o noticiário nacional vem destacando as ações das instituições de segurança pública contra esses criminosos, que se aproveitam da busca por crédito e da desinformação para aplicar os mais diversos golpes, incluindo o recente golpe do falso consórcio. Para proteger os consumidores, a Embracon, uma das maiores administradoras independentes de consórcios do país, divulga dicas essenciais de segurança para alertar a população sobre as táticas dos golpistas.
Luís Toscano, vice-presidente de Negócios da Embracon, destaca que os golpes mais comuns exploram a promessa de contemplação rápida e fraudes relacionadas a valores a receber. “A proposta de benefícios exagerados e a agilidade no acesso a crédito ou serviços são o elo comum entre essas fraudes, que mexem com o emocional das pessoas em situação de vulnerabilidade financeira e as levam a cair na armadilha”, explica o executivo. Nesse contexto, ele ressalta que a existência de R$ 1,34 bilhão em recursos de consórcios não procurados por brasileiros ao fim de 2024 – o chamado ‘dinheiro esquecido’, segundo dados do Banco Central do Brasil – criou um terreno fértil para criminosos, que exploram a desinformação e a busca por esses valores.
O sistema de consórcios é regulamentado pela Lei 11.795/2008 e as administradoras são autorizadas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Muitas também são associadas à ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios). “É fundamental que o consumidor verifique a autorização da empresa junto ao BC e sua associação à ABAC antes de contratar qualquer serviço”, alerta Toscano.
No entanto, mesmo empresas autorizadas exigem atenção. “Infelizmente, alguns golpistas se infiltram em empresas renomadas. Por isso, nunca transfira valores para contas pessoais de vendedores. Sempre verifique se o beneficiário do valor possui o nome da empresa e o CNPJ que você contratou. Essas informações devem estar claras no contrato, assim como os meios de pagamento das parcelas. Em caso de boletos recebidos por e-mail em datas diferentes do vencimento, redobre o cuidado e confirme a veracidade com a empresa”, orienta o executivo.
Caí no golpe, e agora?
O Dr. Marcelo Valente, consultor jurídico da Embracon, orienta sobre os passos a serem seguidos caso o consumidor seja lesado:
- Contato imediato com o Banco: Informe imediatamente seu banco sobre o ocorrido para solicitar o bloqueio preventivo da operação. Quanto antes a comunicação, maiores as chances de reaver o valor, já que a transferência ao beneficiário indevido geralmente ocorre em até 48 horas.
- Registro de Boletim de Ocorrência (BO): Leve o boleto fraudado, explique como o obteve e apresente o comprovante de pagamento. O BO fundamentará a solicitação de cancelamento junto ao banco e permitirá que a polícia investigue os criminosos.
- Comunicação à empresa beneficiária: Informe a real empresa beneficiária que o pagamento não foi realizado devido à fraude, buscando uma nova forma de regularizar a situação.