No Brasil, cartões de crédito e empréstimos pessoais são os produtos de crédito mais populares do mercado
As pessoas entrantes no mercado de crédito, conhecidas como New-To-Credit (NTC, na sigla em inglês), demonstram ter desempenho similar ou até melhor capacidade de pagamento em relação às pessoas já atendidas e com histórico de crédito no mercado. Essa é a conclusão do estudo global “Fortalecendo a Inclusão Financeira por meio do Crédito: uma perspectiva mais profunda sobre consumidores New-to-Credit”, elaborado pela TransUnion (NYSE: TRU), empresa global de informação e insights. A pesquisa traz informações relevantes sobre esse público, que pode aumentar o interesse de empresas e credores ao redor do mundo em expandir suas ofertas de crédito para a consumidores NTC.
O estudo global traz dados e insights sobre milhões de pessoas consumidoras em diversos países, incluindo Brasil, Canadá, Colômbia, República Dominicana, Hong Kong, Índia, Filipinas, África do Sul e Estados Unidos. Além disso, o estudo também engloba uma pesquisa on-line realizada com 8.465 consumidores NTC no Brasil, República Dominicana, Canadá, Colômbia, Índia, Filipinas, Estados Unidos e África do Sul.
A TransUnion define como consumidor New-To-Credit a pessoa sem histórico de crédito que adquiriu seu primeiro produto de crédito tradicional, como um financiamento de veículos, cartão de crédito, financiamento imobiliário, entre outros. No recorte de dados de crédito, o estudo mostra os comportamentos e o desempenho de consumidores NTC nos dois anos subsequentes após adquirirem seu primeiro produto.
“A inclusão financeira através do acesso ao crédito apoia o avanço econômico das pessoas e do país, principalmente no caso da disponibilidade de ofertas de serviços e produtos de crédito tradicionais para os consumidores, como transações, pagamentos, cartão de crédito, empréstimo pessoal, entre outros que atendam às necessidades das pessoas. Esses produtos servem como meio de mobilidade financeira, podendo ser a porta de entrada para melhorar a sua qualidade de vida, a exemplo de prestação de serviços e abertura ou manutenção de pequenos negócios”, diz Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de Soluções da TransUnion no Brasil.
Os dados do estudo demonstram que pessoas NTC em geral são ávidas por crédito adicional e tendem a ser leais às instituições financeiras que lhes ofereceram seus primeiros produtos bancários. Especificamente no Brasil, 34% dos consumidores NTC afirmaram escolher a instituição financeira em que já possuíam conta para solicitar seu primeiro produto de crédito, seguido pela conveniência (21%) como o segundo fator mais citado – informação importante para as empresas e credores que buscam engajar com esse público. Outras razões pelas quais escolheram um provedor de crédito incluem recomendações de amigos e familiares, oferta de produtos e serviços atrativos e publicidade.
Preferências de consumo de crédito de consumidores NTC
O estudo constatou que novos gastos foram o principal motivador da contratação do primeiro produto de crédito em quase todos os mercados, inclusive para 49% das pessoas entrevistadas no Brasil. As exceções foram os EUA e o Canadá, regiões em que ter acesso a um meio conveniente de gastar foi o principal motivador. Isso é justificado pela escolha dos primeiros tipos de produtos, sendo o cartão de crédito o primeiro produto financeiro mais comum nos Estados Unidos e no Canadá. No Brasil, o cartão de crédito foi o primeiro produto contratado por 39% da população entrevistada, seguido pelo empréstimo pessoal, contratado por 37% dos entrevistados. Esses produtos oferecem acesso à liquidez buscada por este público.
A maioria das pessoas NTC em todas as regiões, com exceção da Índia, relatou ter recebido um produto de crédito na primeira instituição em que solicitou, sem precisar ir a vários credores. No Brasil, 57% dos NTC também relataram ter recebido um produto de crédito da primeira instituição na qual se cadastraram. Além disso, 84% das pessoas consumidoras disseram estar satisfeitas com o valor do crédito recebido.
Quando questionadas sobre os motivos para aumentar o consumo de crédito, 47% das pessoas no Brasil disseram que melhores ofertas de crédito encorajariam a expansão no uso de crédito, e 42% afirmaram que gostariam de mais clareza sobre o custo total do crédito, incluindo mais informações sobre taxas e juros. Essa descoberta apresenta uma oportunidade para credores identificarem e direcionarem com mais precisão as necessidades dos NTC.
Por fim, o estudo constatou que, em média, cerca de seis em cada dez consumidores NTC disseram que sua necessidade de crédito aumentará nos próximos três a cinco anos, com os níveis mais altos nos mercados em desenvolvimento (liderados pela Índia com 79%). Aproximadamente 66% de consumidores NTC do Brasil afirmaram que sua necessidade de crédito também aumentará nesse mesmo período.
A entrada de consumidores NTC no mercado de crédito é dificultada pela falta de dados disponíveis para que as empresas e credores avaliem a capacidade de pagamento desses indivíduos. Isso se torna um desafio para os credores, que muitas vezes perdem a oportunidades de engajar com bons clientes por não conseguirem avaliar a real situação financeira do consumidor NTC. Uma das alternativas é o uso de dados alternativos na avaliação de risco de crédito. A combinação de dados alternativos e dados positivos de crédito gera uma visão mais abrangente do consumidor NTC, viabilizando o aumento de negócios das empresas e credores em linha com o perfil de risco adequado aos seus negócios.
“Está claro que consumidores New-to-Credit em todo o mundo, incluindo no Brasil, desempenharão um papel importante no crescimento de muitos negócios. As empresas e credores que fazem uso de dados alternativos e positivos na aprovação de crédito, e que geram uma experiência de qualidade durante a jornada de compra do consumidor, provavelmente terão sucesso na fidelização desses consumidores NTC”, avalia Cibele Rodrigues, Diretora de Credit Risk Solutions da TransUnion Brasil.
Para informações detalhadas sobre todos os mercados globais apresentados no estudo, incluindo o Brasil, clique aqui.