Pesquisa da Alice mostra que a IA melhora produtividade, bem-estar e engajamento; falta de capacitação é desafio
A inteligência artificial (IA) deixou de ser promessa e já transforma profundamente a rotina profissional, mudando a forma como priorizamos tarefas, gerenciamos o tempo e cuidamos da saúde mental e física no trabalho. De acordo com a 4ª edição do Pulso RH, estudo realizado pela Alice em parceria com BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, iFood Benefícios e Grupo Fleury, 65% dos trabalhadores afirmam que o uso das ferramentas de IA tornou suas atividades mais estratégicas, ao mesmo tempo em que ampliou sua satisfação e engajamento no trabalho. Entre os profissionais que utilizam essas tecnologias diariamente, o índice sobe para 77%.
Os profissionais que relatam maior impacto da IA na rotina destacam ganhos de eficiência: 41,7% apontam a otimização de tarefas repetitivas como uma forma de dedicar mais tempo a atividades estratégicas e criativas. Outros 41,4% dizem ter ampliado o escopo de suas funções com o apoio da tecnologia, enquanto 31,7% relatam uma gestão de tempo mais eficiente, com reflexos diretos na produtividade e qualidade do trabalho.
A IA também libera tempo na agenda dos profissionais: para 58,6% dos entrevistados, o uso da tecnologia permitiu economizar mais de 30% do tempo que gastariam com tarefas operacionais. Na prática, isso representa 2h30 por dia, em média, que garantem maior produtividade, performance e, eventualmente, progressão na carreira – já que, para 50,2% dos entrevistados que usam IA, o tempo extra é direcionado a estudos e aquisição de conhecimento. Além disso, 41,2% dedicam o tempo extra à família e 34% ao cuidado com a saúde.
“A inteligência artificial não é só uma questão de eficiência, mas redefine o papel das pessoas no trabalho. Ao assumir tarefas operacionais, a tecnologia permite que profissionais atuem de forma mais estratégica, criativa e conectada com o propósito da organização. O desafio das lideranças e do RH é garantir que essa transição seja feita com responsabilidade, com foco em cultura, capacitação e saúde”, destaca Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice.
IA impulsiona hábitos saudáveis e qualidade de vida no trabalho
Além dos ganhos em produtividade, o estudo aponta uma possível relação entre o uso da IA e melhorias na saúde física e hábitos dos profissionais. Entre os usuários da tecnologia, a prática regular de exercícios físicos é 14% maior, a alimentação saudável aumenta 14,5%, o cuidado com o sono sobe 39,6% e a realização de exames de rotina é 22,7% mais frequente, comparado a quem não utiliza as ferramentas. “A IA bem aplicada pode ser uma alavanca de bem-estar. Nossa hipótese é que, ao reduzir o cansaço mental e dar mais previsibilidade à rotina, ela cria espaço para decisões mais conscientes sobre saúde e autocuidado. Quando o tempo deixa de ser escasso, as pessoas podem priorizar o que realmente importa e isso se traduz em escolhas mais saudáveis no dia a dia”, afirma a CHRO.
A executiva conta ainda que, na Alice, a inteligência artificial já é parte do dia a dia do RH. “Automatizamos fluxos como onboarding, gestão de performance, people analytics e até aplicamos IA na leitura de e-mails e organização de tarefas. Como resultado, temos menos burocracia e mais tempo para cuidar das pessoas de forma estratégica”, explica Sarita.
Desafio de capacitação
Entretanto, a pesquisa identifica obstáculos importantes para a adoção massiva da IA nas empresas brasileiras. Entre os que não utilizam as ferramentas, 82% afirmam que suas organizações não oferecem treinamentos adequados, 63,8% apontam dificuldades em entender como a IA pode ser útil no dia a dia e 60,2% dizem não ter tempo para aprender.
“O maior desafio hoje não é ter acesso à tecnologia, mas sim desenvolver as habilidades para usá-la de forma crítica e ética. O RH precisa ser parceiro nessa jornada, criando ambientes seguros para aprender, testar e evoluir. Na Alice, promovemos espaços ativos de experimentação, como o AI Day, onde diferentes áreas se reúnem para resolver problemas reais com IA. Isso acelera o aprendizado e coloca a inovação na mão de quem vive o dia a dia da operação”, ressalta a executiva.
A pesquisa evidencia que o uso da inteligência artificial no trabalho vai além da automação: ela impacta diretamente na forma como as pessoas produzem, se engajam e pode ainda mudar a forma como cuidam da própria saúde. “O que os dados mostram é que a IA, quando bem implementada, deixa de ser apenas uma ferramenta operacional e passa a ser um elemento estratégico na gestão de pessoas. O RH precisa atuar como catalisador dessa mudança, garantindo não só acesso à tecnologia, mas também preparo e contexto para que ela gere valor real no trabalho das pessoas”, finaliza Sarita.
A pesquisa completa está disponível para download por meio desse link: https://alice.com.br/evento-pulso-rh