Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC) de Zenklub alerta para riscos psicossociais nas empresas; Levantamento foi feito mais de 17 mil pessoas
Um levantamento do Zenklub, uma empresa Conexa e maior especialista em cuidado emocional corporativo do País, analisou a saúde mental de pessoas inseridas no mercado de trabalho brasileiro em 2024. Trata-se do Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC). A média dos mais de 17 mil trabalhadores que participaram da pesquisa elaborada por profissionais da startup ficou em 64,5 pontos, resultado considerado muito abaixo do ideal. O mínimo para que o emprego seja saudável, em uma escala de 0 a 100, é de 78 pontos. O número também ficou um pouco pior que o de 2023 (65,4).
A startup considerou nove fatores para saber como andam os riscos psicossociais da população ativa do Brasil: Conflitos; a Preocupação Constante; a Exaustão; a Autonomia e Participação; o Volume de Demanda; o Relacionamento com Líderes; o Relacionamento com Colegas; a Clareza nas Responsabilidades; e a Desconexão do Trabalho.
Todas as facetas pioraram levemente em 2024, com destaque para Autonomia e Participação. Esta foi a que mais variou negativamente em relação à 2023. Em 2024, ficou em 69 pontos frente aos 71,2 do ano anterior.
Para os fatores Autonomia e Participação; Relacionamento com Líderes; Relacionamento com Colegas; e Clareza nas Responsabilidades quanto mais alto o índice melhor o resultado. As demais facetas são consideradas boas quando os resultados estão mais próximos do zero.
O ambiente do trabalho tem trazido mais riscos psicossociais para as mulheres do que para os homens, em todas as faixas etárias, de acordo com o estudo. Neste IBC, elas alcançaram apenas uma média de 63,7 pontos enquanto eles foram classificados com 67,2. No estudo anterior, as pessoas do sexo feminino ficaram com média de 64 pontos enquanto eles foram classificados com 68,6.
A Exaustão merece ser destacada negativamente para ambos os sexos. Ela atingiu 60,8 pontos em mulheres e 53 nos homens. A Preocupação Constante também é um fator mais impactante para elas (48) do que para eles (44,6). Vale ressaltar que para estas duas facetas quem atinge pontuação mais próxima do zero é que apresenta menos risco psicossocial (confira informações completas abaixo).
“De acordo com nosso IBC, os riscos psicossociais estão mais prevalentes nas empresas; elas vão precisar gerenciá-los no ambiente de trabalho ainda neste primeiro semestre por determinação do Governo Federal”, afirma Rui Brandão, diretor de Saúde Mental da Conexa e cofundador de Zenklub.
Novidade na lei
As novas diretrizes da Norma Regulamentadora N.º 1 (NR-1), que trata do gerenciamento de riscos nas organizações, publicadas no Diário Oficial da União em agosto de 2024, vão entrar em vigor em 26 de maio de 2025. Isso significa que as empresas deverão incluir parâmetros psicossociais em seus relatórios de gerenciamento de riscos, que são entregues periodicamente ao Governo Federal, para garantir o cumprimento das normas de segurança no trabalho.
O estudo do IBC, de Zenklub/Conexa, serve de parâmetro para que as empresas gerenciem os riscos psicossociais internos. No entanto, todas vão precisar também informar o governo o que estão fazendo para monitorar e cuidar da saúde mental de seus colaboradores.
“Nós podemos auxiliar todas as empresas que tiverem dúvida neste processo e quiserem um acompanhamento personalizado”, informa Brandão. “Nossos especialistas fazem a mensuração individualizada, monitora, avalia, acompanha e trata a saúde mental das pessoas”, emenda.
A pesquisa IBC completa pode ser acessada por todos pelo link https://encurtador.com.br/
Resultados aproximados gerais das facetas por gênero* (quanto maior, pior)
Exaustão: 53 (Homens) e 60,85 (Mulheres)
Preocupação Constante: 44,6 (Homens) e 48 (Mulheres)
Desconexão do Ambiente de Trabalho: 39,2 (Homens) e 41 (Mulheres)
Volume de Demanda: 31,4 (Homens) e 34 (Mulheres)
Conflitos: 22,4 (Homens) e 26,3 (Mulheres)
Resultados aproximados gerais das facetas por gênero* (quanto maior o número, melhor)
Relacionamento com Colegas: 79,3 (Homens) e 76,1 (Mulheres)
Relacionamento com Líder: 72,6 (Homens) e 69 (Mulheres)
Clareza nas Responsabilidades: 72,3 (Homens) e 70,2 (Mulheres)
Autonomia e Participação: 72 (Homens) e 68 (Mulheres)
*Outras identificações de gênero foram desconsideradas na pesquisa por baixo volume.