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Estudo revela que apenas 0,3% dos pacientes adere de forma plena às recomendações que reduzem o risco cardiovascular

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Foto: Unsplash

Tratamento efetivo vai além do uso das medicações apropriadas; mudanças de hábitos são fundamentais para diminuir as chances de óbito

Principal causa de morte no Brasil e no mundo, a aterotrombose é uma doença do sistema circulatório que compromete a passagem de sangue pelas artérias e pode causar diversas complicações, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Na maioria das vezes, é tratada apenas com um arsenal medicamentoso. Ainda que as pessoas possam se beneficiar de mudanças comportamentais, poucas aderem às boas práticas, conforme revelou o estudo NEAT (The NEtwork to Control ATherothrombosis), publicado pelo Scientific Reports do grupo Nature.

Os achados mostram que apenas 0,3% dos pacientes aderem à prevenção secundária que reduz o risco cardiovascular, o que inclui controle do colesterol, da pressão arterial e do peso, prática de atividade física e cessação do tabagismo. Participaram do estudo mais de 2.000 pacientes com doença arterial coronária e/ou periférica, sendo 65,7% do sexo masculino, com uma média geral de idade de 66,3 anos.

“Diferentes barreiras foram identificadas. Em termos de prescrição dos medicamentos que reduzem o risco cardiovascular, o julgamento médico foi a barreira mais comum. Isso reforça a importância da educação para melhorar práticas médicas, as quais, de forma associada, poderiam reduzir o risco anual de óbito e complicações cardiovasculares, que é próximo a 4% nesta população, para um risco próximo a 1%”, ressalta o Dr. Pedro Barros, principal autor do estudo e pesquisador do Instituto de Pesquisa do Hcor.

O NEAT é um estudo observacional, prospectivo, nacional e multicêntrico, desenvolvido para documentar a prática atual de terapias utilizadas para prevenção secundária entre pacientes com doença aterotrombótica nas artérias coronárias e leitos arteriais periféricos. Um total de 25 locais de todas as cinco regiões brasileiras incluíram pacientes, sendo 56% em centros públicos e 44% privados.

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