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Europeus estão mais otimistas em relação ao futuro e uso de IA, aponta pesquisa da Allianz Trade

Foto por: Emiliano Vittoriosi/ Unsplash Images
Foto por: Emiliano Vittoriosi/ Unsplash Images

Levantamento ouviu 6.000 pessoas nas seis maiores economias da Europa

O time de economistas da Allianz Research, divisão de pesquisa macroeconômica da Allianz Trade, líder mundial em seguro de crédito, divulgou recentemente a sétima edição do Allianz Pulse 2025, levantamento que ouviu 6.000 pessoas nas maiores economias da Europa (Alemanha, França, Itália, Espanha, Polônia e Áustria), para avaliar o sentimento em relação às perspectivas futuras, políticas públicas e o avanço da IA. O documento aponta um leve aumento no otimismo sobre o futuro, mas destaca divisões significativas em relação à Inteligência Artificial, além de questões de gênero e o papel geopolítico do continente.

Pela primeira vez em sete anos, a vantagem dos pessimistas em relação ao futuro diminuiu consideravelmente, caindo de -23% para -8,3%. Na Alemanha, a queda foi ainda mais expressiva, de 17 pontos percentuais. Apesar do otimismo geral, a pesquisa revelou uma grande disparidade de gênero: as mulheres se mostraram, em média, 11,8 pontos percentuais mais pessimistas que os homens. O estudo sugere que essa diferença pode estar ligada a barreiras estruturais persistentes, como a diferença salarial bruta média de 12% na UE.

IA: desconfiança e preocupação com o mercado de trabalho

Apesar do crescente avanço tecnológico, a IA ainda enfrenta forte resistência na Europa, com aproximadamente 50% dos entrevistados expressando uma visão negativa. O pessimismo é mais acentuado na Alemanha (58%), Áustria (57%) e França (53%), enquanto na Espanha (40%) e na Polônia (45%) a desconfiança é menor.

Embora muitos reconheçam o potencial da IA para avanços em áreas como saúde e transporte, as maiores preocupações estão concentradas no impacto no mercado de trabalho e na privacidade. Cerca de 54% dos participantes veem o impacto econômico da automação de forma negativa, 15% de forma positiva e 31% de forma neutra. As inquietações também se estendem ao uso indevido de dados e ao potencial da tecnologia de aprofundar a desigualdade social.

Outros destaques da pesquisa:

  • Sustentabilidade e Geração Z: A pesquisa revela um crescimento na disposição dos consumidores em pagar mais por produtos sustentáveis, passando de 10,9% em 2024 para 17,5%. A Geração Z lidera essa tendência, com 23,4% dispostos a aceitar aumentos de preços superiores a 10%, comparado a apenas 10,3% dos Baby Boomers.
  • Papel geopolítico: O apoio a uma aliança com a China subiu para 24,1% em um ano, superando a preferência por uma parceria com os EUA (15,1%). Antes das eleições presidenciais americanas, o apoio a um bloco chinês era de 7,9%.
  • Polarização e desigualdade: Desigualdade social (33%) e mudanças demográficas (26%) são vistas como as principais causas da polarização política na Europa, superando a desinformação. Em países como Alemanha e Espanha, com menor crescimento do PIB per capita, gerações mais jovens tendem a apoiar partidos de direita, refletindo os dados do Social Economics Lab de Harvard sobre a desilusão econômica entre gerações.
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