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Ex-office boy projeta faturamento de R$ 80 milhões com contabilidade para médicos

José Eduardo Rissi, empresário Grupo Rissi / Foto – Divulgação

Com mais de 8 mil médicos atendidos no País, Grupo Rissi licencia marca e vai em busca de mil licenciados até 2025

A trajetória do empresário José Eduardo Rissi parece o roteiro daqueles filmes que misturam empreendedorismo com superação: o office boy que ergueu um império e hoje comanda o maior escritório de contabilidade médica do País.

Com mais de 8 mil médicos atendidos no Brasil, o escritório fechou 2023 com faturamento de R$ 21 milhões, mas a projeção de crescimento para os próximos anos é muito maior. Isso se deve ao movimento importante feito pelo Grupo Rissi no ano passado – o licenciamento de marca.

“Procuramos pessoas com perfil empreendedor, empresarial, com relacionamento na área da saúde, para atuarem na área comercial, na gestão de carteiras e no atendimento. Mas toda a operação será feita aqui no escritório. O interessante nesse modelo de negócios para o nosso parceiro licenciado é o ganho recorrente e a captação de novos médicos para uma marca já consolidada e reconhecida”, explica José Eduardo Rissi.

As metas são ambiciosas. O Grupo Rissi espera fechar este ano com 500 licenciados pelo País e, para 2025, alcançar mil licenciados, o que representaria um faturamento de cerca de R$ 80 milhões.

A iniciativa conta com parceiros de peso, o cantor Cristiano, da dupla Zé Neto & Cristiano, e a esposa do sertanejo, a empresária Paula Vaccari, amigos de longa dada do empresário.

 

De office-boy a referência de mercado

 

Filho de motorista de ambulância e de uma funcionária doméstica, Rissi começou a trabalhar aos 13 anos de idade, num supermercado, repondo e empacotando produtos, em Cedral, no interior paulista.

Logo depois, começou a trabalhar como office-boy em um pequeno escritório de contabilidade da cidade, buscando e entregando documentos de bicicleta.

“Minha relação com a contabilidade começou de maneira meio forçada. Nunca me vi em um escritório, mas meu pai, na simplicidade dele, entendia que trabalhar atrás de uma mesa me proporcionaria um futuro melhor”, diz.

A primeira iniciativa como empreendedor na área de contabilidade aconteceria em 2011. O primeiro escritório, em São José do Rio Preto, montado com R$ 9 mil do acerto de um antigo emprego.

“Meu primeiro escritório tinha duas mesas: a minha e de uma funcionária que começou e está comigo até hoje”, conta.

Com a Rissi Contabilidade Médica, fundada em 2012, o empresário criou um mercado que não existia: o de um escritório especializado em contabilidade para um nicho específico: médicos e profissionais da saúde.

Atualmente, a Rissi Contabilidade Médica atende mais de 8 mil médicos em todo o Brasil e emprega mais de 200 colaboradores em duas unidades, em São José do Rio Preto (SP).

“Sou muito grato por tudo que construí. Nunca olhei para dinheiro, mas sempre trabalhei muito. Passei dias na porta de hospital, esperando médicos. Também fui a palestras, peguei o microfone tremendo e saí de lá com vergonha de tão molhado que estava, porque não era a minha praia. Passando vergonha ou não, errando ou não, eu precisava tentar. Mas as coisas foram dando certo. E ainda tem muito pra acontecer ainda.”

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