Expectativas do dólar para o último trimestre de 2023

Renda fixa nos EUA: título similar ao CDB rende 5,65% em dólar / Foto: Alexander Mils / Unsplash Images
Foto: Alexander Mils / Unsplash Images

Confira entrevista com Haryne Campos, especialista em câmbio na WIT Exchange

À medida que nos aproximamos do último trimestre de 2023, o mercado financeiro, investidores e economistas estão atentos às movimentações do dólar, moeda que desempenha um papel crucial na economia global e, em especial, no Brasil. Com uma série de eventos econômicos e políticos no horizonte, muitos questionam sobre o futuro próximo da moeda norte-americana. Para desvendar essas incertezas e fornecer uma análise detalhada sobre as expectativas cambiais para o fim do ano, conversamos com Haryne Campos, especialista em câmbio na WIT Exchange. Confira a seguir suas perspectivas e conselhos para os próximos meses.

Quais são as principais tendências cambiais no último trimestre deste ano?

“Muitos especialistas, neste momento, preveem alta nas moedas em relação ao real, especialmente devido à recente queda da Selic e à decisão do Fed de manter um ciclo mais rigoroso de alta nos EUA. Essa diferença nas taxas de juros torna os ativos no Brasil menos atrativos para os investidores estrangeiros, provocando a retirada de capital e favorecendo a alta do dólar”, afirma Haryne.

Quais fatores econômicos e políticos podem impactar a taxa de câmbio nos próximos meses?

“As taxas de câmbio são muito impactadas por fatores políticos e econômicos. Os próximos passos dos bancos centrais estão no radar dos investidores. Indicadores como inflação, emprego, crescimento econômico e risco de crédito são cruciais nessa análise”, aponta Haryne.

Como as políticas monetárias dos principais bancos centrais ao redor do mundo influenciarão a taxa de câmbio no Brasil neste semestre?

Haryne explica: “A taxa de juros é o principal instrumento das políticas monetárias. Mesmo com os juros brasileiros ainda altos, o recente corte indica uma continuação de ajustes. Em contrapartida, nos EUA, o Fed mantém um ciclo de alta rigoroso, tornando os ativos brasileiros menos atrativos, o que leva à desvalorização do real”.

O dólar pode ultrapassar os R$ 5 no último trimestre? Por quê?

“Desde abril, existe uma resistência robusta no dólar a R$ 5,00. No entanto, essa resistência foi rompida em 27 de setembro de 2023, e para o último trimestre, o câmbio provavelmente manterá esse novo patamar. As taxas de juros no Brasil e globalmente estão fortemente influenciando essa tendência”, comenta a especialista.

O último trimestre será um momento propício para a compra de moeda estrangeira? Por quê?

“Definitivamente. No final do ano, observamos um aumento nos pagamentos internacionais e compras de moeda para viagens. Muitas empresas e indivíduos se preparam para o recesso, então o conselho é monitorar o mercado e aproveitar as volatilidades que frequentemente ocorrem nesse período”, aconselha Haryne.

Para o investidor brasileiro que faz remessas internacionais, quais serão as melhores oportunidades no último trimestre do ano?

“Oportunidades ideais surgem nos momentos de queda do mercado. Dada a influência de muitos fatores na cotação, é vital estar atento aos indicadores. Na WIT, oferecemos sistemas e monitores com gatilhos de informação para ajudar os investidores a fazer remessas nos melhores momentos”, conclui Haryne Campos.

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