Maior edição da história do evento contou com mais de 400 palestrantes, em 8 auditórios e 11 trilhas temáticas; Relembre os destaques
O Febraban Tech 2023, maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro, atraiu nesta edição 45 mil visitas nos três dias de evento, um avanço de público de 80% em relação a 2022. O evento, que neste ano ocorreu nos dias 27, 28 e 29 de junho no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), teve 25 mil participantes únicos e uma média diária de 15 mil visitantes.
Com o tema central “A bioeconomia e as oportunidades em uma sociedade digital”, o congresso reuniu as principais lideranças dos setores financeiro, tecnologia, sustentabilidade e de áreas interessadas em inovação, além de personalidades nacionais e internacionais.
A abertura do evento reuniu Octavio de Lazari Junior, diretor-presidente do Bradesco e presidente do Conselho Diretor da Febraban; Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco; Maria Rita Serrano, presidente da Caixa; Mario Leão, CEO do Santander Brasil; e Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual. Os CEOs ressaltaram que as grandes instituições não abrirão mão de desempenhar papel de relevante na transição para a economia de baixo carbono e na monetização de ativos ambientais. Para eles, os bancos têm papel fundamental nesse processo e devem avançar juntos para enfrentar um dos maiores desafios da humanidade que é lidar com o aquecimento global e os problemas socioambientais.
Outro destaque do evento foi o painel que reuniu líderes de tecnologia (CIOs) do Bradesco, Itaú Unibanco, BB, Caixa, Santander e BTG Pactual, que ressaltaram, entre outros temas, que a ascensão das tecnologias virá para mudar o jogo. Eles enfatizaram que Open finance e Inteligência Artificial, por exemplo, vão transformar os negócios e exigir um novo perfil de profissionais e todos terão de se adequar às novas regras de um mercado em ascensão.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, também foi destaque. Em painel na abertura do terceiro dia, a ministra ressaltou que o Brasil pode ser para o século 21 o que os Estados Unidos foram para o século 20: um país jovem, com imensas vantagens competitivas, que podem se transformar em vantagens distributivas, e liderar a bioeconomia, fornecendo ao mundo grãos de baixo carbono e energia limpa. “Podemos fazer a revolução da bioeconomia e liderar a transição para desenvolvimento sustentável”, declarou.
Outra presença nacional marcante foi de Edu Lyra, fundador da ONG Gerando Falcões, que afirmou que microfinanças e microcrédito são fundamentais para ressignificar a experiência de vida em comunidades que estão à margem e que a saída pode vir da combinação de estratégias social e econômica de negócios “Tecnologia é fundamental para a superação da pobreza”, afirmou.
Personalidades internacionais também marcaram presença no evento, entre elas Ian Beacraft, fundador e futurista-chefe da Signal and Cipher. Em sua apresentação, Beacraft destacou que Inteligência Artificial vai alterar perfis de contratação e revolucionar modelos de formação profissional. Ele acredita que o generalista criativo usará inteligência artificial para integrar conhecimentos em áreas nas quais não há especialidade, representando a maior revolução do trabalho na história da humanidade.
O cientista político Ian Bremmer, presidente e fundador do Eurasia Group e GZERO Media, por sua vez, alertou que o mundo ficou mais complexo e menos previsível. “A gente sempre quer saber onde é o melhor lugar para deixar nossos investimentos e quais serão os preços futuros da energia e dos bens de consumo, mas está cada vez mais complicado prever isso”, disse, em apresentação no segundo dia de conferência.
O encerramento do evento com chave de ouro foi feito por Daniel Kahneman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, que destacou sua visão sobre as finanças comportamentais. Ele disse que, diante do conflito entre a opinião humana e os algoritmos, os algoritmos levarão a melhor. Mas o professor amenizou um pouco o impacto da sua observação, afirmando que esse novo quadro, em que a IA vai superar os humanos na tomada de decisões, pode demorar décadas. “No fim das contas, a IA vai ser melhor do que qualquer especialista. No mundo existe menos especialização do que as pessoas acreditam. Elas deveriam confiar menos nas suas intuições, porque são imprecisas”, disse Kahneman.
Ao longo dos 3 dias, o Febraban Tech 2023 recebeu em seu congresso mais de 400 palestrantes, em 8 auditórios simultâneos e 11 trilhas temáticas de assuntos como open finance, Pix e meios de pagamento, tokenização e ativos digitais, blockchain, computação em nuvem, metaverso e web3, cibersegurança, inteligência artificial, dados, 5G, internet das coisas, experiência do cliente, ESG e fintechs.
Além do congresso, o Febraban Tech contou com mais de 13 mil metros quadrados de área construída e 186 áreas de exposição com as tecnologias e soluções mais inovadoras do mercado e da sociedade digital.
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