Com o início das férias escolares e acadêmicas agora em julho, milhões de brasileiros se preparam para viajar, seja explorando as riquezas do Brasil ou desbravando destinos internacionais. Nesse período de alta mobilização turística, a vacinação não deve ser deixada de lado e se torna um cuidado indispensável para garantir uma viagem segura e sem contratempos.
Dr. Alberto Chebabo, infectologista dos laboratórios Bronstein e Sérgio Franco, marcas da Dasa, alerta: “Manter o calendário vacinal atualizado é essencial para evitar doenças graves que podem comprometer a experiência da viagem. Além disso, também é uma responsabilidade coletiva para prevenir surtos e proteger as comunidades visitadas.” Já, a Dra. Rosana Richtmann, infectologista do Delboni, reforça: “Viajar é, muitas vezes, expor-se a novos agentes infecciosos que podem não circular no Brasil. Ter a vacinação em dia é tão indispensável quanto organizar a bagagem, o passaporte ou os seguros de viagem.”
Vacinas: item essencial no planejamento de viagem
Por mais animadora que seja a programação de férias, o planejamento deve sempre incluir a verificação das vacinas obrigatórias e recomendadas. Em viagens internacionais, países como Tailândia, Índia e Indonésia exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), especialmente para a febre amarela.
Mesmo em viagens dentro do Brasil, como para o Norte e Centro-Oeste, é importante verificar as vacinas recomendadas, especialmente contra a febre amarela e outras doenças locais. Muitas regiões amplamente visitadas em julho, como destinos de ecoturismo e turismo de aventura, podem expor os viajantes a patógenos específicos.
Vacinas recomendadas para viajar
- Febre Amarela: Necessária para destinos brasileiros como Mato Grosso e diversos países internacionais.
- Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola): Indispensável em regiões com surtos, como Europa ou América do Norte.
- Hepatite A: Proteção contra alimentos e água contaminados — relevante para locais mais remotos ou menos urbanizados.
- Meningocócica: Indicada para quem visitará regiões endêmicas ou áreas de grandes aglomerações, como eventos estudantis e culturais.
- Influenza: Essencial, principalmente para quem viajará a locais de clima frio ou em períodos mais propensos a surtos gripais.
- Dengue: Recomendada para viagens a áreas tropicais e endêmicas da América Latina e Ásia durante a estação chuvosa.
- Pneumocócica: Crucial para proteção de idosos ou pessoas com doenças crônicas contra infecções respiratórias graves.
Os riscos de ignorar a vacinação
A ausência de vacinação adequada pode não apenas comprometer a saúde do viajante como também gerar contratempos, como a impossibilidade de entrada em determinados países que exigem vacinas obrigatórias. Ignorar a imunização também pode expor comunidades inteiras ao risco de propagação de doenças como sarampo, poliomielite ou febre amarela, além de aumentar o perigo de hospitalizações durante a viagem.
Dr. Alberto Chebabo alerta: “Não estar vacinado pode significar passar férias em um hospital local devido a uma doença que poderia ser prevenida. Além disso, você pode comprometer a segurança de sua família e das pessoas ao seu redor.”
Planejamento antecipado para as férias
Para garantir uma viagem tranquila e segura durante as férias de julho, siga estas etapas:
- Consulte fontes confiáveis: Verifique os requisitos de vacinação no site da Anvisa, do Ministério da Saúde ou com o agente de viagens.
- Marque uma consulta médica: Um profissional da saúde pode indicar exatamente quais vacinas são necessárias ou recomendadas para seu destino.
- Antecipe-se no calendário vacinal: Algumas vacinas precisam de mais de uma dose ou de um período de carência para serem eficazes.