Com preço médio de R$ 74 mil, modelo ultrapassa liderança do Toyota Yaris no mês de maio
O Fiat Cronos foi eleito o carro com maior rentabilidade no mês de maio, com preço médio: R$ 74 mil, margem de 11,9% e giro médio em 30 dias, ultrapassando a liderança do Toyota Yaris Hatch, que ficou em segundo lugar, com preço médio: R$ 86 mil, margem: 11,1% e giro médio em 29 dias. A terceira ocupação no ranking ficou com o Renault Duster (preço médio de R$ 93 mil, margem de 11,7% e giro médio de 31 dias). O Honda City que figurava na terceira posição no mês de abril não ficou entre os top dez de maio. Já o Fiat Argo, que liderou o ranking nos primeiros meses do ano, ficou na quinta posição.
Os dados são do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU). A amostra engloba 2.678 concessionárias de 23 diferentes marcas conectadas na plataforma Auto Avaliar. Com presença em sete países, a Auto Avaliar atende, atualmente, 4.200 concessionárias e mais de 38.000 lojas independentes e realiza US$ 1,4 bilhão de vendas anuais.
O retorno sobre o investimento (ROI) das concessionárias de veículos seminovos ficou em 74% com crescimento de 0,4 ponto porcentual em relação a abril. O destaque ficou com a Hyundai (110%), seguida pela Honda, com um ROI de 107%.
Entre as redes de concessionárias que tiveram a maior taxa de conversão (avaliação versus captação), cinco marcas se destacaram, ficando acima da média de 18%: Hyundai (23%), Fiat (21%), Chevrolet (21%), Nissan e Citroën (19%). Já a Caoa Chery (10%), Ford (11%) e Toyota (12%) apresentaram as menores taxas de conversão.
Tragédia no RS provoca retração do mercado
Dados do estudo mostram ainda que o mercado de veículos usados registrou queda na margem bruta de 11,2% em abril para 10,9% em maio, a menor desde janeiro deste ano. No período, o giro de estoque se manteve em 38 dias, mas o volume de vendas foi impactado pela tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.
O Rio Grande do Sul apresentou uma rentabilidade bem abaixo dos outros estados devido à tragédia ambiental. Durante o mês, estima-se que o mercado gaúcho deixou de vender mais de 30 mil unidades de carros usados e 6,5 mil novos. Os números estão refletidos nos dados da Fenabrave, que mostram queda nas vendas de usados de 9,1% no país, com 880 mil unidades de carros e comerciais leves comercializados. Dentro da plataforma Auto Avaliar, foram 206.862 veículos avaliados e 36.734 captações pelos concessionários de todo o Brasil, uma leve queda após três meses consecutivos de alta, que também está relacionada à interrupção do mercado gaúcho.
“As redes de concessionárias do Rio Grande do Sul apresentaram rentabilidade em queda, medida pelo ROI – retorno do investimento. O retorno foi de 75%, bem abaixo da média nacional de 104%”, ressalta Fábio Braga, Country Manager da MegaDealer. Ele lembra que, nos próximos meses, é preciso prestar atenção ao comportamento do mercado no Sul para substituição de estoques de usados perdidos nas inundações, gerando reposição oriunda de outros estados. “Temos incerteza sobre o impacto da disponibilidade de estoque de novos, devido à quebra de produção das fábricas afetadas pela falta de peças por questões logísticas, que serão temas relevantes para os próximos meses”, afirma.
Estimativas indicam que entre 5% e 10% da frota total de carros do estado, que soma cerca de 2,8 milhões de veículos, ficou inutilizada. Esse impacto é particularmente significativo, considerando que o Rio Grande do Sul representa 5,5% do mercado brasileiro de vendas de veículos usados. No estado, as 232 concessionárias mapeadas pela plataforma Auto Avaliar, das quais 134 integram o sistema da empresa, tinham um estoque total de 3.850 carros. Em abril, as vendas ao consumidor final somaram 2.857 unidades. No mesmo mês, as concessionárias receberam 17.250 avaliações, representando 6,8% do volume total no Brasil.
Para Braga, os primeiros meses apontam para um 2024 superior a 2023, que fechou com crescimento de 8,6% ante o ano anterior. “Com exceção ao mercado gaúcho, é possível perceber um aumento gradual da convicção dos brasileiros em apostar nos veículos usados de maior valor”, ressalta.