A quinta-feira (20), foi marcada pelo encerramento da participação da Federação das Indústrias do Estado do Pará na programação oficial na área da Blue Zone, na COP30.
O ponto de partida ocorreu em um bate-papo sobre o futuro da infraestrutura sustentável na Amazônia, que reuniu a gestora de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC, Mariana Nascimento; o diretor-presidente da Águas do Pará, André Macedo Facó; e o vice-presidente da Sinobras, Ian Corrêa; e Alex Carvalho, presidente da FIEPA. Ao longo da conversa, foi abordado como o desenvolvimento da infraestrutura é fundamental para todos os segmentos e essa evolução trará impactos positivos tanto para o potencial da indústria, como para a sociedade, por meio da melhoria da qualidade de vida. “O setor produtivo está produzindo riqueza e enraizando o futuro sustentável da Amazônia. Lançamos três programas que passam a fazer parte da Federação e todos eles são atrelados à melhoria da infraestrutura no estado, que seguirá sendo uma bandeira da FIEPA”, afirmou Alex Carvalho.
Em seguida foi a vez de conversar sobre reputação, sobre o preconceito que esteve presente nas pautas relacionadas à COP30 desde que foi anunciado que o evento seria realizado na Amazônia. Para a secretária de Cultura do Estado do Pará, Úrsula Vidal, o Pará e a Amazônia deram a melhor resposta aos que desconfiavam da capacidade de realizar um evento mundial. “Hoje o mundo defende Belém. Existe um imaginário de que a Amazônia é um local pouco habitado, mas temos muita cultura, temos áreas preservadas, biodiversidade e inteligência. É dela, é desse lugar que o mundo vai beber conhecimento”, afirmou.
A divulgação das boas práticas desenvolvidas e realizadas na região, e a construção de narrativas que elevem a Amazônia como um exemplo de lugar de grande geração de conhecimento são caminhos para manter o destaque relevante e positivo no cenário local e global. Integraram o painel Úrsula Vida, secretária de Cultura do Pará; Karla Melo, da Green Initiative; Vitor Pereira, da Aberje; e a mediação foi com a CEO da Temple Pinheiro e assessora de relações governamentais da FIEPA, Cleide Pinheiro.
Em paralelo, a economia de baixo carbono e as soluções que as empresas já realizam em prol da descarbonização em solo brasileiro dominou a discussão. Os segmentos do agronegócio, da indústria farmacêutica e da construção civil trouxeram as iniciativas implementadas, seus resultados e como isso tem se refletido no dia a dia, na produtividade, conforto e bem-estar das pessoas. Formaram o painel a CEO da CCS Brasil e sócia do Costa Rodrigues Advogados e consultora da FIEPA, Isabela Morbach; o gerente de Public Affairs e Soluções Integradas da Saint-Gobain, Douglas Meirelles; e o diretor de Sustentabilidade da Bayer, Felipe Albuquerque; e mediação da jornalista Nara Bandeira.
“A grande participação da sociedade aqui em Belém, que é a parte S do ESG, mostra que o debate sobre a adaptação climática criou uma articulação forte. A Green Zone esteve lotada todos os dias, por pessoas buscando mais informações e participando ativamente das atividades. Esperamos que os resultados dessa COP sejam expressivos e impactam diretamente a vida das pessoas que mais precisam”, afirmou Isabela Morbach.
E para encerrar a manhã de atividades e coroar 18 meses de trabalho, o palco foi tomado pela Jornada COP+, movimento multissetorial liderado pela FIEPA, e lançado na Feira da Indústria, em 2024.
De acordo com a secretária adjunta de Bioeconomia do Estado do Pará, Camille Bemerguy, ainda é preciso ampliar a qualidade das informações e dos dados sobre a bioeconomia no estado, e por meio da união e de parcerias estratégicas, como a aproximação entre a FIEPA e a SEMAS, é um desafio a ser superado de maneira mais ágil. “Trazer o elemento da colaboração é mostrar que é possível unir tradição e inovação e promover a escalabilidade que a gente busca para este segmento”, afirmou. Junto a ela estiveram o presidente da ASSOBIO, Paulo dos Reis; e gerente do Observatório da Indústria da FIEPA e colíder do Comitê de Transformação Digital e Inovação da Jornada COP+, Felipe Freitas, com moderação de Thayana Araújo.
