A nova MP muda as regras do jogo e obriga brasileiros a repensarem sua estratégia patrimonial
O governo brasileiro deu mais um passo rumo ao desestímulo ao investimento produtivo e à construção de patrimônio de longo prazo. A nova Medida Provisória que propõe uma alíquota única de 17,5% sobre praticamente todas as aplicações financeiras representa um duro golpe em quem tenta crescer com disciplina e inteligência no país. A proposta elimina isenções históricas, como as que beneficiavam dividendos de FIIs e Fiagros, além das tradicionais letras de crédito (LCI e LCA), CRIs, CRAs e até mesmo o Tesouro Direto e os CDBs, que antes contavam com uma tabela regressiva. Agora, independentemente do prazo ou do risco, tudo será tributado da mesma forma, e sem correção pela inflação.
“É como se o investidor brasileiro estivesse sendo punido por tentar fazer a coisa certa”, afirma Fábio Murad, estrategista e educador financeiro. “Você guarda, investe, planeja… e no final, tem que pagar mais imposto, mesmo quando o retorno real já é baixíssimo”. Com vigência prevista para 2026, as mudanças não só retiram incentivos importantes como também criam um cenário de insegurança jurídica. Muitos brasileiros construíram seus planos de aposentadoria ou independência financeira com base nas regras vigentes, como a isenção dos dividendos de FIIs, e agora terão que recalcular toda a estratégia sob risco de ver sua rentabilidade evaporar.
Para Murad, o mais preocupante é que a medida uniformiza a cobrança, tornando ineficaz a diversificação, princípio básico da boa gestão financeira. Sem diferenciação entre classes de ativos, o investidor perde alternativas reais de alocação inteligente, sendo empurrado para um modelo punitivo, no qual até o rendimento nominal é tributado, sem qualquer ajuste inflacionário. “Na prática, o Brasil está dizendo ao investidor: ‘fique no curto prazo, não se comprometa com o futuro e pague o imposto agora’. É uma visão míope, que desestimula a construção de patrimônio sustentável”, avalia. A decisão também tenta compensar a perda de arrecadação com o IOF penalizando justamente o investidor de longo prazo, aquele que deveria ser incentivado, não punido. A nova alíquota de 5% sobre os dividendos dos FIIs muda por completo o planejamento de quem buscava viver de renda passiva. E com o fim da isenção sobre LCIs e LCAs, o investidor conservador também perde suas últimas opções de proteção fiscal.
Mais do que uma questão técnica, essa MP atinge em cheio a classe média brasileira, que há anos buscava na renda fixa e nos fundos imobiliários formas seguras de preservar patrimônio e complementar a aposentadoria. “Estamos diante de uma mudança estrutural, que exige uma nova postura do investidor”, diz Murad. “Não dá mais para depender apenas do Brasil. A diversificação internacional deixou de ser uma vantagem e passou a ser uma necessidade”.
ETFs globais e Covered Calls: renda passiva em moeda forte com menor risco
Diante do cenário, Fábio Murad aposta na educação financeira internacional como resposta. A alternativa, segundo ele, está nos ETFs americanos, como SPY, QQQ, SCHD e JEPI, combinados com estratégias de geração de renda com opções, como as Covered Calls. Essa abordagem oferece exposição direta ao dólar, diversificação automática, risco travado e geração de caixa previsível, sem depender de valorização especulativa no curto prazo.
Super ETF: formação internacional para independência financeira
Criado por Murad, o Super ETF é um programa de formação que ensina brasileiros a operarem com autonomia no mercado americano, utilizando plataformas como a Oplab e estratégias como Covered Call, Wheel, Travas e Condor. O curso também ensina como abrir conta em corretora americana, declarar corretamente os ganhos no Imposto de Renda e gerenciar riscos com disciplina.
Mais do que um curso, o Super ETF é uma metodologia voltada à geração de renda passiva em dólar, utilizando tanto ETFs listados na B3 quanto, preferencialmente, os negociados nas bolsas americanas, que oferecem maior liquidez, variedade de setores e um ambiente regulatório mais estável. “Com volume elevado, taxas baixas e ampla diversidade de ativos, as bolsas americanas oferecem o que o investidor brasileiro precisa neste momento: previsibilidade, eficiência e proteção em moeda forte”, conclui Murad