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Fim do trabalho remoto: como as empresas devem se adaptar com o retorno do presencial?

Era ‘home office’ aumenta preocupação com seguro de equipamentos / Foto: Paige Cody / Unsplash Images
Foto: Paige Cody / Unsplash Images

A tendência é que, em 2025, muitas empresas encerrem o trabalho remoto e retornem ao modelo presencial. Especialista comenta como as empresas devem se adaptar a esse cenário

Trabalhar de pijama, acordar mais tarde e evitar o trânsito ao chegar ao trabalho estão com os dias contados. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Swile Brasil, em parceria com a Leme Consultoria, empresa especializada em soluções para gestão de pessoas e desenvolvimento organizacional. De acordo com o estudo, a proporção de empresas no regime presencial já supera a das que operam nos formatos híbrido e remoto, com 33% funcionando 100% presencialmente, contra 32% que optam pelo modelo híbrido.

A mudança, no entanto, exige planejamento e atenção ao bem-estar dos funcionários, que podem enfrentar desafios ao readaptar-se ao ambiente corporativo após meses ou até anos de trabalho em casa. Respeitar as particularidades de cada equipe e criar um diálogo aberto para compreender as expectativas e os receios dos colaboradores é fundamental para que as empresas se adaptem a essa nova realidade.

O bem-estar mental também deve ser uma prioridade em 2025. Programas de apoio psicológico, treinamentos sobre saúde emocional e práticas que promovam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal podem fazer a diferença. Segundo o Dr. Marco Aurélio Bussacarini, CEO da Aventus Ocupacional e especialista em saúde nas empresas, as corporações deverão colocar a saúde mental como prioridade estratégica para se manterem relevantes no mercado. “No passado, os cuidados com a saúde mental no ambiente corporativo eram tratados como um diferencial oferecido por empresas mais inovadoras. Hoje, isso mudou de forma significativa e, em 2025, a saúde mental será uma necessidade estratégica para as empresas que desejam permanecer sustentáveis no mercado”, destaca Bussacarini.

Por fim, as lideranças devem estar preparadas para atuar como facilitadoras desse processo. Com ações estruturadas, o retorno ao presencial pode se transformar em uma oportunidade para fortalecer a cultura organizacional e aumentar o engajamento dos times, promovendo resultados positivos tanto para as empresas quanto para os funcionários.

“Promover um ambiente de trabalho mais seguro e saudável é fundamental para uma operação mais eficiente e, consequentemente, um serviço de maior qualidade”, completa o Dr. Marco Aurélio.

Pensando no retorno ao modelo presencial, o Dr. Marco elaborou um guia prático para implementar a Medicina Ocupacional de forma mais assertiva. Confira:

1 – Conformidade com regulamentações: assegurar que a empresa esteja em dia com todas as regulamentações de saúde ocupacional pode ser realizado por meio de auditorias regulares de saúde e segurança, da atualização constantemente das práticas, conforme novas regulamentações, e o fornecimento de treinamento contínuo para os funcionários.

“Manter-se atualizado sobre as normas dos órgãos de fiscalização pode ser um desafio, mas é indispensável para a sobrevivência do negócio. Além de demonstrar comprometimento com a segurança e bem-estar de todos no ambiente de trabalho, evita multas, advertências e, até mesmo, interdições”, afirma Dr. Marco.

2 – Melhorias das condições de trabalho: para oferecer um melhor ambiente para as equipes, é preciso realizar avaliações ergonômicas das estações de trabalho, implementar ajustes, como cadeiras ajustáveis e tapetes anti-fadiga, garantir que todos os equipamentos estejam em boas condições e seguros para uso.

“A ergonomia e a segurança no trabalho não podem ser subestimadas. Ajustes simples, como bancadas adequadas e equipamentos seguros, fazem uma grande diferença no bem-estar e produtividade dos colaboradores”, destaca.

3 – Monitoramento da saúde dos funcionários: implementar um programa de saúde regular, com exames periódicos dos funcionários e tratamentos preventivos, é fundamental para garantir o bem-estar da equipe.

“Implementar programas de saúde para os colaboradores não é apenas uma obrigação, mas uma estratégia inteligente. Prevenir doenças e promover o bem-estar da equipe reduz custos com afastamentos e aumenta a produtividade”, explica o especialista.

4 – Promover um ambiente saudável para os funcionários: isso pode ser aplicado através de pausas regulares durante a jornada de trabalho, programas de conscientização sobre a importância da atividade física com palestras e workshops, criar um ambiente que minimize o estresse, oferecer suporte psicológico e benefícios de saúde adicionais, como planos de saúde.

“Investir no bem-estar físico e mental dos funcionários reflete diretamente na qualidade do serviço. Funcionários saudáveis e satisfeitos são a base para um atendimento de excelência”, ressalta Dr. Marco.

5- Treinamento em Segurança do Trabalho: realizar treinamentos regulares sobre segurança no trabalho, incluindo atividades práticas e teóricas sobre o uso correto de EPIs, avaliar regularmente a eficácia dos treinamentos e fazer ajustes conforme necessário.

“Os treinamentos têm que ser vistos como um investimento de longo prazo, pois quando os funcionários sabem como se prevenir e utilizar corretamente os EPIs, a incidência de acidentes cai drasticamente, protegendo vidas e o patrimônio da empresa.”

Por fim, o especialista explica que, em um qualquer ambiente de trabalho, não se pode deixar a saúde ocupacional em segundo plano. “É um investimento que retorna em forma de segurança, bem-estar e eficiência. Ao priorizar a saúde dos funcionários, estamos, na verdade, investindo no futuro do negócio. É um ciclo virtuoso onde todos ganham”, conclui Dr. Marco Aurélio Bussacarini.

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