Dados do FinTech Report 2023 também apontam que 51,9% das companhias do segmento são voltadas para o público B2B
O ecossistema poderá acessar a partir deste mês os resultados do FinTech Report 2023, levantamento do Distrito que analisa o perfil e o volume de startups da indústria financeira tech no mercado brasileiro. Com 1.481 fintechs mapeadas pelo levantamento, o estudo apresenta o setor em diversas classificações, como segmento de atuação, público-alvo, nascimento de novas fintechs, categorias que mais receberam investimentos, entre outros pontos. Os principais insights do relatório também ganham foco no FinTech Summit 2023, evento aberto ao público que o Distrito realiza em parceria com o Santander nesta terça-feira, 18 de abril.
Entre os destaques do relatório está a divisão da indústria por nichos de atuação. De acordo com a base de dados do Distrito, hoje, 17,8% das fintechs do país atuam no setor de crédito. Em seguida vêm as companhias que atuam com backoffice, 15%; meios de pagamento, 13,2%; e tecnologia, que são as companhias que oferecem tecnologia de base para outras empresas e instituições financeiras, com 12,6%.
O estudo também apresentou que, entre as fintechs em operação, 51,9% têm o mercado B2B como público-alvo; 27,1% são voltadas para o B2C; 13,2% são B2B e B2C; e, por fim, 7,8% são B2B2C. Além disso, 43,3% das companhias têm entre 11 e 50 funcionários; 32,3% têm entre 2 e 10; 17,6% contam com entre 201 e 500 contratados; e só 1,9% têm entre 501 e mil.
As fintechs de crédito, serviços digitais e risco e compliance estão na liderança entre as categorias que mais atraíram capital em 2022, com US$ 603 milhões; US$379,6 milhões e US$200,1 milhões captados respectivamente. As fintechs de crédito lideram também em número de rodadas, com participação em 54 aportes, em 2022; seguidas pelas companhias de backoffice, com 19 rounds.
Outro dado apresentado pelo estudo é uma série histórica dos fundos que mais investiram no setor entre 1999 e 2022. Neste tópico, lideram a Bossanova Investimentos, monashees e Kaszek.
Gustavo Gierun, CEO do Distrito, em 2022 aponta que o ecossistema de fintechs teve como principal impulso a digitalização financeira forçada pela pandemia no início de 2021. Além disso, existe uma clara evolução regulatória, com destaque para o PIX e Open Finance, que criaram oportunidades para novos empreendedores. “O Brasil tem um mercado financeiro gigante e repleto de oportunidades. O contexto sócio econômico forçou a população a buscar soluções digitais em um movimento sem volta, o que impulsionou os neobanks assim como as fintechs de crédito. Ao mesmo tempo, Banco Central e CVM ajustaram a regulação para incentivar a inovação no setor, contribuindo de maneira importante para este movimento. Para o futuro entendemos que a evolução da tokenização, cibersegurança e ferramentas de compliance são tendências já consolidadas”, explica.
FinTech Summit
O evento, com inscrições abertas, propõe um olhar aprofundado sobre as principais tendências de inovação do mercado financeiro. A programação do Fintech Summit vai ser apresentada em formato híbrido e é uma co-realização entre o Distrito e o Programa Avançar, desenvolvido pelo Santander; com patrocínio da AWS e da Zendesk.
Com início às 9h10, participam das mesas nomes como Fabiana Dutra, Head Comercial Tech do Santander; Marcelo Lombardo, CEO da Omie; Karolyna Schenk, Diretora Executiva de M&A da Totvs; e Tomás Mariotto, Head de Inovação do Santander.
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