Fomento Rural fortalece segurança alimentar e nutricional na terra indígena Yanomami

Iniciativa está sendo realizada nas comunidades de Auaris, Calha do Mucajaí e Surucucu, em Roraima, com atendimento a cerca de 3,7 mil pessoas

Um conjunto de ações para fortalecer a segurança alimentar e nutricional no território Yanomami, em Roraima, região norte do país, tem sido implementada a partir da parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-RO).

A diretora do departamento de Promoção da Inclusão Produtiva Rural e Acesso à Água do MDS, Camile Sahb, reforça o compromisso do governo do Brasil, por meio do MDS, com iniciativas que visam garantir a segurança alimentar, que passa pelo acesso à água de qualidade, em todos os territórios brasileiros. “O MDS está comprometido, desde o início, no enfrentamento da emergência sanitária na Terra Indígena Yanomami. Estamos avançando com a instalação de sistemas de tratamento de água, no estado do Amazonas, e com a implantação de Sistemas Agroflorestais, com galinheiros, e área de reprodução de sementes, em Auaris e outros territórios”, argumenta.

Sahb defende que a prioridade do governo é fortalecer a capacidade produtiva das comunidades que vivem nessas áreas e estimular a produção de alimentos entre as populações indígenas. “Para o governo do Brasil, é fundamental a recuperação da capacidade produtiva dos indígenas para que possamos garantir àquelas comunidades o direito à alimentação e à segurança e soberania alimentar a partir dos hábitos alimentares locais”, afirma.

Com a instalação de Bancos de Sementes Tradicionais (BST) e a implantação de culturas em Sistemas Agroflorestais (os chamados “SAFs”) a ação pretende contribuir para que a agricultura tradicional daquela comunidade seja fortalecida, resultando em soberania e segurança alimentar na Terra Indígena Yanomami. A iniciativa está atendendo a cerca de 3.700 pessoas que vivem nas comunidades de Auaris, Calha do Mucajaí e Surucucu.

Até agora, já foram realizadas ações de diagnóstico da situação atual dos cultivos agrícolas das comunidades, com levantamento das variedades agrícolas disponíveis. Além disso, as atividades são voltadas também à capacitação de guardiões e técnicos indígenas das comunidades sobre métodos de preservação e conservação de recursos genéticos, manejo adequado de Sistemas Agroflorestais, fortalecimento do uso e manejo da agrobiodiversidade tradicional Yanomami.

A ação prevê, ainda, monitoramento dos bancos de sementes tradicionais e capacitação para o manejo adequado da criação de aves, implantação de galinheiros e sistemas agroflorestais realizados em conjunto com as comunidades, e fortalecimento da manutenção dos bancos de sementes, com multiplicação dos recursos genéticos tradicionais na Terra Indígena.

O projeto, que segue em implementação, já tem alcançado resultados importantes para a garantia da segurança alimentar e nutricional da população Yanomami. Entre eles, o estabelecimento de acordos com as comunidades para instalação de roças em áreas já abertas, reduzindo o desmatamento na TI, o desenho dos croquis para instalação dos galinheiros, SAFs e tanques de irrigação, engajamento ativo de lideranças locais, jovens e agentes locais indígenas, além de viagens para participação em atividades de capacitação sobre bancos de sementes e cuidados com pequenos animais.

Ainda estão previstas atividades que reforçam ainda mais as práticas culturais associadas ao manejo agrícola tradicional Yanomami, com mapeamento de um número considerável de variedades agrícolas em uso pelas comunidades. Associado a isso, a multiplicação de duas mil mudas em viveiros da Embrapa e em comunidades indígenas que atuarão como multiplicadoras de sementes tradicionais no estado de Roraima.

A ação do governo do Brasil, realizada em parceria entre o MDS e a Embrapa, leva em consideração as especificidades do povo Yanomami. Por isso, todo o trabalho é realizado com participação e anuência das comunidades, fortalecendo e ampliando participação comunitária, assim como respeitando o conhecimento local e o cumprimento de protocolos éticos de uso e circulação de sementes.

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