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Fones de ouvido: uso deve ser limitado a 60 minutos seguidos, alerta especialista

a woman sitting on a bench talking on a cell phone
Photo by Howz Nguyen on Unsplash

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado em 10/11, médico explica sobre os riscos do uso prolongado e em alto volume

Com o aumento do uso de fones de ouvido no trabalho, no transporte e até durante o lazer, especialistas alertam para um risco silencioso: o de perder a audição. O acessório, considerado indispensável na vida moderna, pode causar danos graves se usado de forma excessiva ou em volumes elevados. 

O alerta ganha destaque com a chegada do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado em 10 de novembro, que busca conscientizar a população sobre os cuidados necessários para preservar a audição.

Segundo o otorrinolaringologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Augusto Abrahão, o segredo está na moderação. Para preservar a saúde auditiva, é fundamental seguir a regra do 60/60, ou seja, mantenha o volume abaixo de 60% da capacidade total do dispositivo e não ultrapasse os 60 minutos seguidos. 

“Uma das formas de identificar se o som está muito alto é retirar o fone e esticar o braço para observar se ainda continua escutando o áudio com clareza. Se sim, significa que a altura está acima do desejado. O recurso do noise canceling auxilia que o fone não precise ficar tão alto para ter a clareza do áudio, uma vez que isolando o meio externo não há necessidade de manter o som em volume mais alto”, comenta o médico.

Para o otorrinolaringologista, a questão central não é o dispositivo em si, mas sim o volume e o tempo de exposição. “O principal e mais grave dano é a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). A exposição contínua a volumes superiores a 85 decibéis (dB), valor que é facilmente atingido em smartphones e players de música, lesiona as células ciliadas da orelha interna”, comenta o médico.

Essas células são responsáveis por transformar as ondas sonoras em impulsos elétricos que o cérebro interpreta como som. “Quando essas células são lesionadas, não se regeneram, o que torna a perda auditiva permanente”, explica.

Como o uso do dispositivo afeta a audição?

Entre os primeiros sintomas da exposição excessiva estão zumbidos, chiados e sensação de ouvido tampado. “Mesmo perdas discretas já prejudicam a compreensão da fala, especialmente em ambientes ruidosos”, destaca Abrahão.

Além dos danos auditivos, o uso incorreto dos fones pode causar outros problemas. Modelos intra-auriculares, que são inseridos diretamente no canal auditivo, podem provocar irritação e facilitar infecções. 

“Quando não são higienizados corretamente ou são compartilhados, tornam-se vetores de bactérias e fungos, levando a inflamações e até abscessos. O uso contínuo também empurra o cerúmen para dentro do canal, causando obstrução e desconforto”, explica o médico.

Uma dica muito importante para evitar danos à audição é limpar os fones regularmente e buscar não compartilhar eles para evitar a transmissão de microorganismos. “Ao notar qualquer sinal de zumbido, dor, tontura ou dificuldade em ouvir, procure imediatamente um especialista para avaliação”, finaliza Abrahão.

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