Formação de Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil é tema de debate com convidados e especialistas

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) promoveu, nesta sexta-feira (26), um debate sobre os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupedcs). Transmitido on-line, o evento abordou a implementação e a sustentabilidade desses núcleos, que são formados por cidadãos que, por meio do trabalho voluntário e solidário, contribuem nas ações preventivas em áreas de risco, além de orientar e prestar socorro mais imediato às populações locais nas situações de calamidades e emergência.

O debate foi o terceiro da série Bate-papo com a Defesa Civil, que é realizada uma vez por mês, com transmissão pelo canal do MDR no YouTube. A discussão foi mediada pela diretora do Departamento de Articulação e Gestão da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Karine Lopes. Ela destacou a importância dos Nupedcs para o gerenciamento de riscos e desastres.

“Os núcleos promovem o protagonismo social. Eles são uma estratégia de sucesso. Mas, para que continuem assim, precisamos sempre da participação da comunidade. As pequenas ações de cada um de nós também podem mudar a realidade local. Todos nós podemos ser agentes de transformação”, observou.

Para a coordenadora Regional de Resiliência do International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI) na América do Sul, Keila Maria Ferreira, um dos principais objetivos dos Nupedcs é contribuir com a população na prevenção de desastres naturais, como inundações e enxurradas. "O papel dos Nupedcs é colaborar com a sua comunidade no processo de redução de risco de desastres. É ajudar no desenvolvimento comunitário nesse tipo de ação”, destaca.

A supervisora de Gestão Comunitária da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Alice Uzêda Mascarenhas Chagas, ressaltou que uma das preocupações é sempre promover a renovação desses núcleos.

"Temos que trazer a juventude, fazer uma renovação. E isso se dá por meio dos novos canais, como as redes sociais. É preciso renovar, usar a linguagem da juventude, para que exista o interesse. É um trabalho diário, permanente, para que a gente consiga atingir novas pessoas o tempo todo”, explica.

A diretora de Manutenção e Áreas de Risco da cidade de Belo Horizonte, Isabel Queiroz Volponi, destacou a importância de fazer um trabalho de convencimento com os voluntariados, para que, cada vez mais, os núcleos possam crescer e ajudar nas ações de prevenção e respostas aos desastres.

“Como são todos voluntários, precisamos mover essas pessoas a terem interesse e incorporar esse voluntariado de uma forma sistemática. O desafio é incentivar constantemente essas pessoas a participarem. Tentar fazer a sensibilização da população para atuar nessa gestão de risco”, analisa.

A formação de um Nupedc em uma comunidade depende muito da realidade local, se está localizada em uma região de risco de desastre, por exemplo. Inicialmente, o importante é a articulação com os principais atores, com conselhos de saúde, com a assistência social. É importante a capilaridade dessas pessoas, dos interessados em fazer parte, independentemente da idade. Tudo começa com uma boa interação. Cada comunidade tem a sua maneira de fazer a manutenção do núcleo, manter as pessoas capacitadas, atualizadas. Para tirar dúvidas, entre em contato pelo e-mail cga.sedec@mdr.gov.br.

Neste link, é possível encontrar alguns exemplos de formação de Nupedcs de alguns municípios que têm se destacado no tema.

Nas próximas edições do Bate Papo com a Defesa Civil, serão debatidos temas como cidades resilientes; planos municipais de redução de riscos; atendimento psicossocial em desastres; resgate de animais em desastres; e barragens Sabo. O quarto bate-papo está previsto para o dia 29 de setembro.

Confira abaixo a íntegra do evento:

]]>Via: Brasil61

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