Tentativas de transações bancárias fraudulentas aumentaram 92% em 2022 e investir em tecnologia pode ser a saída para as instituições financeiras
Um levantamento feito pela Serasa Experian mostrou que, em maio de 2021, um total de 331,2 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude, sendo que mais de 176 mil ocorrências (53,3%) foram realizadas a partir de contas bancárias ou cartões de crédito.
Ainda existem muitos usuários dos serviços bancários que preferem ligar para as centrais de atendimento, quando precisam resolver algum problema. Nas fraudes por chamada de telefone, o fraudador simula ser um cliente para solicitar alterações cadastrais ou liberações de crédito que vão ser usados por ele. Nesse sentido, Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital, Voice IDTech pioneira em biometria de voz no Brasil, que já evitou mais de R$ 40 milhões em fraudes bancárias, preparou alguns dos principais tipos de fraudes bancárias por telefone e como reduzí-las utilizando a biometria de voz. Confira:
1. Alterações cadastrais
Uma estratégia bastante comum dos fraudadores é realizar a solicitação da mudança de endereço cadastrado no sistema do banco. Com as informações pessoais da vítima em mãos, são capazes de burlar cada etapa do processo de validação.
Caso seja feita a troca de endereço, eles podem solicitar a segunda via de cartões ou talões de cheque. Ao solicitar a troca do número de celular, podem usá-lo para realizar a verificação de duas etapas no aplicativo da instituição.
Com a biometria de voz, eles verificam se é realmente o cliente quem está solicitando as alterações. Se não, o procedimento não é autorizado.
2. Abertura de conta laranja
Usando os dados das vítimas, os fraudadores podem solicitar a abertura de contas no nome delas. Aqui, eles terão acesso a um mar de possibilidades para usar o crédito ou colocá-las à disposição para servirem de laranjas em golpes do pix.
Se por um lado a facilidade para abrir contas em bancos trouxe mais comodidade para os consumidores, por outro, apresenta novos desafios. Por isso, também é importante adotar métodos avançados de verificação da identidade, como a biometria de voz.
Com ela, a inteligência artificial verifica no banco de vozes se aquela voz ou número de telefone já foi detectado em alguma ação de tentativa de fraude. Em caso positivo, a ação pode ser evitada.
3. Falsa notificação de furto
Em contato com o call center, os fraudadores, se passando pela vítima, informam que foram furtados e precisam alterar informações cadastrais ou solicitar a segunda via dos cartões.
É comum que eles inventem alguma história para justificar o envio para um novo endereço, como viagem a trabalho ou férias. Também podem usar estratégias de SIM Swap para garantir que ninguém atenda, caso o banco tente ligar no número cadastrado em nome daquele cliente.
Nesse caso, como eles têm acesso a todas as informações da vítima, fica fácil burlar o processo de autenticação.
Para evitar esse tipo de fraude, a biometria de voz é um recurso implementado na ligação para checar se a voz realmente é do cliente registrado. Se não, o processo pode ser negado.
Hoje, a biometria de voz já pode ser usada em uma série de situações para identificar usuários e evitar fraudes. Com uma acurácia de +97% e capacidade para distinguir a voz até mesmo em ambientes externos com ruídos, é possível realizar a verificação sem atrito na experiência do cliente.
“A biometria de voz no Call Center pode ser integrada aos sistemas de atendimento de bancos, instituições financeiras e outros setores que trabalham com esse modelo. Com uma inteligência artificial robusta, é capaz de processar milhões de ligações e fraudes em alta velocidade”, finaliza o CEO da Minds Digital.