Rebeca Schvartzburd, Gerente de Operações Clínicas da Sami Saúde, explica que além dos cuidados com gripes e resfriados, é preciso atenção com a saúde cardiovascular, a qualidade do ar e a umidade no ambiente
O inverno de 2025 está apresentando temperaturas mais baixas que a média histórica, com ondas de frio previstas para diversas regiões do país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). E os impactos vão além do termômetro: dados do Pronto-Socorro On-line da Sami Saúde mostram que, na plataforma, os sintomas gripais aumentam durante essa estação.
Muita gente não associa o inverno aos riscos cardiovasculares, mas eles existem. O frio pode provocar contração dos vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial e, consequentemente, o risco de infartos e AVCs, especialmente em pessoas com histórico de doenças cardíacas. “É importante manter o acompanhamento médico em dia – especialmente o preventivo -, evitar mudanças bruscas de temperatura e redobrar os cuidados com a alimentação, suplementação de vitaminas e atividade física durante essa época”, ressalta a Rebeca Schvartzburd.
Outro ponto pouco comentado, segundo Rebeca, é o impacto da baixa umidade do ar, comum em várias regiões do Brasil no inverno. Ela pode irritar as vias respiratórias, agravar alergias e facilitar infecções. Usar umidificadores com moderação, manter ambientes ventilados e fazer a higienização regular de aparelhos de ar-condicionado e aquecedores são medidas simples que ajudam a melhorar a qualidade do ar interno, frequentemente negligenciada.
Mais do que uma estação de temperaturas baixas, o inverno é um período que exige equilíbrio entre prevenção médica, autocuidado e conhecimento. “Entender os riscos menos óbvios e agir antes dos sintomas aparecerem é o que diferencia uma estação tranquila de uma cheia de sustos”, explica a profissional.
Rebeca enfatiza que o segredo para viver bem na totalidade, claramente, é um conjunto de hábitos e ações conscientes ao longo do tempo. Trata-se de uma combinação de cuidado contínuo, informação e escolhas responsáveis no dia a dia. “O olhar integral para a saúde é o que permite atravessar mais anos e qualidade de vida”, finaliza.