Estratégia é ampliar carteira em property e responsabilidades nas indústrias pesadas como mineração, papel e celulose e infraestrutura
Depois de consolidar as operações de resseguros no Brasil, dar tração ao segmento de retail em seguros e alavancar a base de prospecção com a aquisição da Interbrok, a corretora multinacional Gallagher Brasil inicia seu terceiro ano de atuação no país com expectativa promissora. Em resseguros facultativos, a companhia fechou 2022 com um crescimento de 176%, acima do planejado e mais de R$ 68 bilhões em ativos segurados. Os prêmios sob gestão alcançaram R$ 300 milhões.
Diretor de Facultativos da Gallagher, Thiago Navega explica que a estratégia da terceira maior corretora de grandes riscos do mundo está voltada para as vantagens competitivas do mercado brasileiro, sobretudo no segmento de Energia. No último ano, a companhia ampliou sua participação em diversas frentes, como óleo e gás, setor que atualmente representa 52% da carteira, além de petroquímicas, refino, geração de energia e fontes renováveis.
“O Brasil está entre os países com maior geração de energia renovável, e a nossa estratégia é nos consolidar como ‘go-to broker’ para o segmento de Energia de maneira geral, englobando E&P, Downstream, Geração e Transmissão, fontes renováveis e muito atentos ao desenvolvimento de novas tendências, como Eólicas Offshore e Hidrogênio Verde”, diz Navega.
Segundo Marina Jordão, head de Power & Renewables da Gallagher, com a retomada das atividades industriais pós-pandemia, o setor elétrico brasileiro tem a necessidade de expansão para que não haja falta de abastecimento. Com isso, e alinhado também com o Plano Nacional de Energia 2050, a Gallagher acredita em um aumento de novos projetos de geração de energia elétrica, principalmente no que tange a Renováveis (solar e eólica) e leilões para construção de novas termelétricas à gás, que garantem uma segurança energética ao país. “Nosso foco para a área de Geração de Energia e Renováveis anda muito em linha com o PNE 2050, dando ênfase aos projetos renováveis e termelétricos”, afirma Marina.
No que tange a indústria de Óleo&Gás, Moises Oliveira, Head de Energy & Marine, sinaliza que o setor de E&P permanecerá aquecido, uma vez que os projetos arrematados nos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP) estão sendo colocados em prática pelos operadores, além do incremento da demanda por projetos de construção subsea e de novas unidades de produção. “Neste cenário, estamos com apetite para fomentar negócios com seguradoras e prospectar novos clientes, seja participando de licitações ou frente a novos operadores entrantes no mercado brasileiro”, comenta.
Thiago Navega, lembra ainda, que a aquisição do grupo Interbrok foi estratégica para o incremento do Book, da capilaridade e da alavancagem no poder de prospecção da companhia. A ideia é ainda concentrar esforços em ampliar as carteiras em indústrias pesadas, como metais e mineração, papel e celulose e infraestrutura, e também investir em novas linhas de Casulaty como D&O e cyber – não como um produto de prateleira, mas como um produto taylor made.
“Temos um compromisso com o crescimento e amadurecimento do mercado de Resseguro Facultativos, pois vislumbramos um horizonte próspero com muitas possibilidades de retorno para a companhia. Adotamos um modelo de negócios não transacional, onde apostamos em relações de longo prazo e buscamos agregar valor ao processo de decisão de nossos clientes e parceiros, por meio de um time de especialistas, com capacidade e skills para entender, considerar, analisar e mitigar todos os riscos inerentes às operações de nossos clientes”, explica o executivo.