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Geração Z é a mais ansiosa, estressada e deprimida, aponta pesquisa da Vittude

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude / Foto: Divulgação
Tatiana Pimenta, CEO da Vittude / Foto: Divulgação

De acordo com o levantamento, os índices de ansiedade e estresse aumentam gradativamente de um grupo para o outro, sendo que as gerações mais antigas sofrem menos com estas questões

Vittude, healthtech referência no desenvolvimento de programas de saúde mental para empresas, acaba de lançar sua pesquisa proprietária intitulada Um olhar aprofundado sobre a saúde mental nas organizações brasileiras, que mostra, entre outros dados, que entre as gerações presentes hoje no mercado de trabalho, a Gen Z – Geração dos nascidos entre 1998 e 2010 – é a mais ansiosa, estressada e deprimida quando comparada aos Baby Boomers (nascidos entre 1943 e 1962) e as gerações X (nascidos entre 1963 e 1982) e Y (nascidos entre 1983 e 1997). O estudo coletou respostas de mais de 24.000 pessoas que integram a base de clientes da Vittude e levantou um panorama de como o estresse, a ansiedade e a depressão têm impactado a classe trabalhadora no Brasil.

De acordo com o levantamento, os índices de ansiedade e estresse aumentam gradativamente de um grupo para o outro, sendo que os Baby Boomers são os que apresentam as menores porcentagens de ansiedade (5%) e estresse (7,5%), enquanto a geração X teve o menor número de respondentes com depressão (9%). Quanto aos entrevistados da Geração Z, 27,17% afirmaram ter ansiedade; 36,48% deles têm estresse e 27,49% têm depressão.

“É preocupante ver que as novas gerações são as mais afetadas emocionalmente e mentalmente hoje em dia, mas quando olhamos para os números levantados podemos traçar um paralelo entre o aumento do desenvolvimento de transtornos mentais como estes com o aumento de contato e familiaridade com a tecnologia: A geração que registrou maiores índices de transtornos é também a primeira geração nativa digital, ou seja, que já nasceu em um ambiente completamente digital; diferente das outras que passaram a ter esse contato no decorrer da vida”, aponta Tatiana Pimenta, CEO da Vittude.

Reforçando essa conexão, a pesquisa Saúde Mental dos Brasileiros 2022, conduzida pelo Datafolha, constatou que o excesso de informações, de múltiplas conexões e de tempo gasto nos dispositivos e ambientes digitais têm causado aumento dos transtornos mentais nos últimos anos. Levando em conta que o mercado de trabalho caminha cada vez mais para a digitalização e a adoção de novos canais digitais de comunicação entre os colaboradores, as empresas também possuem papel considerável neste aumento.

“A sobrecarga das plataformas digitais, ferramentas tecnológicas e a exposição excessiva dos colaboradores às informações e demandas constantes contribuem para o aumento de casos de burnout, ansiedade e depressão. Por isso, não cabe mais olhar a saúde mental como um pilar de benefício oferecido aos colaboradores. O cuidado emocional precisa ser integrado e consistente, e exige atenção e dedicação através da promoção de programas estratégicos para os colaboradores. Afinal, isso impacta o bem-estar, motivação, desempenho e produtividade das equipes”, acrescenta Tatiana.

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