Aquisição de um imóvel é uma decisão financeira significativa e requer planejamento
Ter um imóvel próprio sempre foi um sonho para muitas pessoas, mas a visão de que esse sonho é exclusivo da população mais velha está mudando. Atualmente, a geração Z, composta por jovens entre 20 e 30 anos, também tem se mostrado interessada em adquirir imóveis. Dados da construtora Plano&Plano indicam que 23% dos clientes atendidos em 2023 nasceram a partir de 1995.
Entre os principais motivos para esse movimento estão o começo de uma vida a dois ou a saída da casa dos pais, além da busca por segurança diante das incertezas econômicas. “O medo do desemprego e do aumento dos preços dos aluguéis também fazem os jovens procurarem a construção de patrimônio, baseado na pesquisa acima”, explica Handerson Brito, gerente comercial da Ademicon.
Entretanto, a aquisição de um imóvel é uma decisão financeira significativa e requer planejamento. É nesse contexto que o consórcio surge como uma opção atrativa. A modalidade é isenta de juros, oferece parcelas reduzidas e permite uma programação financeira adaptada às necessidades do cliente. “Os jovens têm entendido que a compra de um imóvel requer planejamento financeiro. Neste sentido, o consórcio pode ser um aliado. Ele oferece diversos valores de crédito e é isento de entrada e juros”, destaca Brito.
Segundo levantamento da Ademicon, referência entre as administradoras independentes do Brasil em créditos ativos, houve um aumento de 165% no público jovem adquirindo imóveis via consórcio entre 2022 e 2023. Em 2024, o crescimento foi de 21% em relação ao ano anterior. “Diversos fatores podem ser considerados para justificar esse crescimento, como o interesse pelo planejamento financeiro, maior conhecimento sobre o produto, vantagens e segurança oferecidas pela modalidade”, comenta Brito.
Manuela de Carvalho, 25 anos, advogada de São José dos Pinhais (PR), adquiriu um consórcio em 2023 como forma de poupar dinheiro para dar entrada em um imóvel próprio. “Com a obrigação de pagar um boleto, eu me forçava a guardar dinheiro e investir. Acredito que a modalidade é uma alternativa melhor para mim, pois oferece menos riscos e é mais benéfica que um financiamento, considerando as taxas de juros”, afirma Manuela.
Caroline Meira, 34 anos, coordenadora de comunicação de Curitiba (PR), adquiriu seu primeiro consórcio este ano com o objetivo de comprar uma casa ou apartamento. “Sou mãe solo e tenho que arcar com todas as despesas da minha casa. Fiz uma pesquisa antes da aquisição da modalidade e uma consultora me ajudou muito neste processo. Sempre tive dificuldade em poupar dinheiro ao longo da minha vida adulta e, com o consórcio, vi que posso fazer um investimento sem comprometer meu orçamento mensal”, relata Caroline. “Meu grande sonho é ter minha casa própria e uma reserva para despesas, e com a modalidade, estou dando este grande passo”.
Em recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), observou-se que 75% dos consorciados são casados ou solteiros, evidenciando que, independente do estado civil, o foco é construir patrimônio através do consórcio.
Além disso, o consórcio oferece diversas vantagens, especialmente para aqueles que estão começando a vida a dois ou saindo da casa dos pais. “A principal vantagem é a parcela, que é estrategicamente elaborada pela Ademicon para caber no orçamento dos consorciados, bem como o viés de planejamento, flexibilidade e construção do patrimônio”, aponta Brito.
No entanto, é crucial que os jovens compreendam a importância do planejamento financeiro. “A questão do planejamento financeiro ainda é um ponto a ser trabalhado pelos brasileiros. O consórcio, por sua essência, promove disciplina e educação financeira, uma vez que o cliente se compromete a pagar uma quantia mensal. Ao ser contemplado, o consorciado tem a liberdade de escolher o imóvel desejado, seja para residência, locação, comércio ou até mesmo reforma e construção”, sinaliza Brito.
Antes de optar pelo consórcio, é importante verificar se a administradora é fiscalizada pelo Banco Central. “Desde 2008, o setor é regulado por lei própria, o que traz segurança para os consorciados. Essa lei rege os contratos, dando garantias para os consorciados e para os grupos. Além disso, as administradoras de consórcio passam por rigorosos critérios de autorização e fiscalização constante do Banco Central. A ajuda de um consultor especializado pode fazer a diferença na decisão por esse investimento”, conclui Handerson Brito.