Foi realizado nesta terça-feira (20), na B3, em São Paulo, leilão promovido pelo Governo do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), para alienação de ações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). É a primeira concessionária estadual do setor a ser vendida para a iniciativa privada.
O leilão foi realizado em lote único, que englobava 630.050.221 ações de propriedade do estado. O consórcio Aegea foi o vencedor do leilão, com uma proposta de R$ 4,1 bilhões. A modelagem do certame foi feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Sediada em Porto Alegre, a Corsan era uma sociedade de economia mista, de capital aberto, cujo controle acionário era exercido pelo estado do Rio Grande do Sul. A companhia atua em 317 municípios gaúchos por meio da realização de estudos, projetos, construções, operações, exploração e ampliação dos serviços públicos de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário.
"A decisão de privatização veio em razão do marco legal de saneamento, da necessidade de universalização nos próximos 10 anos. Em julho deste ano, trocamos a modelagem inicial, deixando para trás a oferta de ações e optando pela alienação integral, que se concretiza neste momento”, destacou o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior. “Esse processo vai significar a qualificação no atendimento para mais de 6 milhões de pessoas em 317 cidades. Será ainda um vetor de desenvolvimento econômico e, consequentemente, de desenvolvimento social”, completou.
O secretário nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Pedro Maranhão, comemorou o resultado do leilão. “Hoje é um dia histórico para o saneamento brasileiro. Graças ao Novo Marco Legal do Saneamento, foi possível realizar a primeira privatização das empresas de saneamento dos estados”, destacou Maranhão. “Quero parabenizar o governo gaúcho por ter enfrentado e garantido esse leilão, que beneficia muito o povo do Rio Grande do Sul. A única forma de conseguir recursos para esgotamento sanitário, para água tratada, é por meio da iniciativa privada”, ressaltou.
O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, também destacou os benefícios que a desestatização dos serviços trará para a população gaúcha. “O leilão de hoje é mais um passo importante para a modernização e expansão da companhia. Além de beneficiar a população, vai impactar a economia da região, gerando empregos e renda a milhares de brasileiros”, comentou.
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*Com informações da B3