A proposta de reformulação das regras de reajuste dos planos de saúde, apresentada recentemente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tem movimentado o setor. A medida, que afeta diretamente consumidores e operadoras, visa tornar os processos mais previsíveis, técnicos e transparentes — incluindo a definição de limites para os aumentos. O texto já passou por consulta pública e aguarda votação nos próximos meses.
Especialista no setor, o Grupo YIA, referência nacional em soluções de seguros e benefícios, avalia que a proposta representa um avanço no equilíbrio entre sustentabilidade das operadoras e proteção aos beneficiários. No entanto, também traz desafios. “As mudanças refletem um esforço importante para trazer previsibilidade e proteção ao consumidor, ao mesmo tempo em que reconhecem os desafios de sustentabilidade das operadoras”, avalia Dyla de Toledo Elias, CEO do Grupo YIA.
A executiva destaca que, para garantir a efetividade da proposta, será essencial que as operadoras invistam em uma comunicação clara, objetiva e empática com seus usuários. “Será fundamental que as operadoras invistam em clareza e didatismo ao comunicar os novos critérios, evitando ruídos e fortalecendo a confiança com os usuários”, afirma.
Embora a proposta da ANS busque atender diferentes perspectivas — da sociedade, das operadoras e dos órgãos de controle —, o Grupo YIA chama atenção para o risco de aumento da intervenção regulatória, que pode gerar efeitos colaterais indesejados no equilíbrio técnico e atuarial dos contratos.
Ainda assim, a avaliação da corretora é positiva: o novo modelo, se aprovado com ajustes técnicos e alinhado às realidades do mercado, poderá estabelecer uma base mais estável e transparente para o relacionamento entre operadoras e consumidores.