Europ Assistance Brasil

GT Interministerial do Spread Bancário é instalado

Crise de bancos americanos deve apressar aprimoramento regulatório para dar mais segurança a clientes e investidores / Foto: Matthew Henry / Unsplash Images
Foto: Matthew Henry / Unsplash Images

Formado por representes do governo federal e da sociedade civil, grupo irá aprofundar a discussão sobre custo do crédito no país e propor soluções até março de 2025

Grupo de Trabalho (GT) Interministerial do Spread Bancário, formado por representantes do governo federal, do setor financeiro, da indústria e dos trabalhadores, foi instalado formalmente nesta terça-feira (5/11) em solenidade na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, com a presença de integrantes da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, da Secretaria-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) da Presidência da República, além do presidente da Febraban, Isaac Sidney.

O GT tem a coordenação política do CDESS, a coordenação técnica do Ministério da Fazenda, e procurará avançar em medidas concretas de melhoria do ambiente de crédito para o financiamento aos setores produtivos.

Idealizado em reunião do ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em setembro, com a Febraban, o Grupo de Trabalho teve sua prioridade reforçada, em outubro, durante reunião que também incluiu o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A intenção é somar as contribuições de várias entidades setoriais, para analisar o cenário estrutural do custo de crédito no país e propor medidas que levem à redução das taxas de juros praticadas.

O GT realizará seu trabalho em torno de seis eixos temáticos:

  1. Inadimplência e custos associados às perdas com as operações de crédito.
  2. Crédito para empreendedores, microcrédito e PMEs.
  3. Custos Administrativos, Financeiros e Tributários.
  4. Prevenção e combate às fraudes.
  5. Fundos Garantidores e instrumentos inovadores.
  6. Acesso a dados e plataformas digitais.

O cronograma do Grupo prevê a divulgação do relatório final em março de 2025. Até lá, os trabalhos serão divididos em duas fases. A primeira, em novembro, irá definir os temas a serem discutidos em cada um dos eixos temáticos. Na segunda fase haverá a discussão aprofundada dos temas e das soluções propostas.

Participarão representantes da FebrabanZetta, Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (ABIPAG), Confederação Nacional da Indústria (CNI), bancos privados e públicos e das Centrais Sindicais.

Dados do Banco Central indicam que, em agosto de 2024, a taxa de juros sobre novas concessões de crédito alcançou 27,7%. Desse total, 9,2 pontos percentuais se referem ao custo de captação do dinheiro e 18,5p.p. do spread bancário – composto pelos lucros dos bancos e pelos custos de intermediação financeira.

A discussão sobre as causas e ações que mitiguem o alto custo da intermediação financeira no Brasil assume papel prioritário para impulsionar o crescimento sustentável da economia brasileira, uma vez que a disponibilidade e o custo do crédito têm papel central no financiamento ao investimento privado.

A carência de financiamento de longo prazo dificulta os investimentos em capital, inovação e atividades de elevado risco tecnológico, implicando em menos crescimento da produtividade. Para os indivíduos, a limitação de financiamento impede que aqueles com altas habilidades gerenciais se tornem empreendedores, já que não possuem garantias suficientes para obter empréstimos e contratar o capital necessário.

Total
0
Shares
Anterior
ANS divulga dados de beneficiários referentes a setembro de 2024
Operadoras de saúde fecham semestre com saldo positivo pela primeira vez desde 2021 / Foto: Freepik

ANS divulga dados de beneficiários referentes a setembro de 2024

Planos de assistência médica registraram 51,5 milhões de usuários e planos

Próximo
Transformação Cultural: a força motriz da mudança organizacional
Marcia Lourenço, diretora executiva de Recursos Humanos, Comunicação e Sustentabilidade da Allianz Seguros / Foto: Marcos Mesquita / Divulgação

Transformação Cultural: a força motriz da mudança organizacional

Confira artigo de Marcia Lourenço, diretora executiva de RH, Comunicação e

Veja também