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Gustavo Leança destaca as dificuldades do Open Insurance na prática

Gustavo Leança, Head of Solutions for Insurance da Capgemini / Foto: Reprodução
Gustavo Leança, Head of Solutions for Insurance da Capgemini / Foto: Reprodução

Head of Solutions for Insurance da Capgemini destaca início da segunda fase do Open Insurance

Em 1º de março de 2023 a fase 2 do Open Insurance começou a valer. O produto residencial foi o primeiro. Nessa fase, já é possível que um segurado dê consentimento em dividir os dados que estão em sua seguradora atual para cotar o seguro em uma nova seguradora. Legal, né?

Na teoria sim, mas na prática a coisa tem sido bem diferente.

Muitos sites ainda não permitem ao seu (potencial) novo cliente dar o consentimento visando uma cotação mais personalizada. Algumas seguradoras já ofertam essa possibilidade, mas no site logado do cliente.

Para tornar a situação ainda mais desafiadora, em 07 de abril de 2023 o comunicado 14/2023 do Secretariado do Open Insurance reportou um erro na jornada de compartilhamento dos dados opcionais, levando à suspensão da fase II.

Na prática, essa importante fase ainda não começou de maneira mais ampla e difundida.

Na prática, o fato é que as seguradoras ainda relutam em adotar o OPIN de maneira mais abrangente.

Na prática, as seguradoras estão enfrentando dificuldades em usar os dados a seu favor e como colocar em prática a famosa estratégia de ataque e defesa.

Na prática, o Open Insurance ainda está pouco maduro.

Mas tudo bem, isso é compreensível. O OPIN é uma mudança muito grande que teve pouco tempo de discussão e implementação.

O que me deixa intrigado é o que vai acontecer quando o Open Banking juntar-se ao Insurance, dando origem ao Open Finance.

Recentemente, ao dar meu consentimento para um desses bancos virtuais, recebi uma proposta financeira e com conteúdo bastante satisfatório. Ou seja, alguns bancos (e não vou generalizar) já estão começando a trabalhar o dado do cliente no Open Banking como tem que ser.

Na minha opinião, os bancos estão vendo o Open Banking como oportunidade, não como fardo regulatório. Já em Seguros, algumas seguradoras ainda consideram o contrário.

Acho, pessoalmente, que o Open Finance (composto dentre outros por Bancos e Fintechs) pode dar uma chacoalhada em muitas seguradoras que decidirem manter-se reativas ao OPIN.

Nossa recomendação como Capgemini: acelerem suas discussões de estratégia e iniciem os testes (na prática). Deem os primeiros passos, pois de fato o OPIN é complexo e vai demorar para amadurecer, mas quem começar primeiro vai estar mais preparado para o que está por vir. Acho que o Open Finance virá com tudo.

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