Unidade passa a contar com neurologistas 24h, UTI neurológica, ambulância e protocolos que seguem os melhores centros do mundo no tratamento do AVC
O Hospital Samaritano Botafogo, referência em atendimento de alta complexidade no Rio de Janeiro e integrante da Rede Américas, acaba de fortalecer sua linha de cuidados neurológicos com a implementação de um protocolo ainda mais ágil e especializado para o tratamento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). A nova estrutura abrange desde a triagem na emergência até a reabilitação, com suporte contínuo de neurologistas e neurointensivistas disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana.
A importância desse avanço é reflexo dos dados mais recentes da Sociedade Brasileira de AVC1, que mostram que, em 2024, o número de óbitos por AVC no Brasil chegou a 85.065, padrão superior às 77.477 mortes por infarto registradas no mesmo período, com base nos atestados de óbito oficiais. O dado reforça a urgência de um atendimento rápido e especializado para melhorar o prognóstico dos pacientes.
Com a integração de uma UTI exclusiva para cuidados neurológicos e a presença contínua de neurologistas na linha de frente da emergência, o hospital se alinha aos modelos dos principais centros especializados em AVC do mundo, como os Comprehensive Stroke Centers, que, comprovadamente, melhoram o prognóstico e reduzem sequelas nos pacientes.
“O AVC é uma doença muito mais comum do que se imagina. Estima-se que uma em cada quatro pessoas terá um AVC ao longo da vida, o que o torna uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. A boa notícia é que é também uma das enfermidades mais tratáveis da medicina moderna, desde que o atendimento seja rápido e qualificado”, explica o neurologista Daniel Bezerra, do Samaritano Botafogo.
O atendimento especializado no Samaritano Botafogo contempla desde o reconhecimento precoce dos sintomas pela equipe de triagem – treinada para identificar alterações de fala e força e/ou assimetrias faciais – até a realização rápida de exames de imagem e a implementação do início do tratamento, como o uso de trombolíticos ou a realização de trombectomia mecânica. Essas intervenções são eficazes nas primeiras horas após o início dos sintomas e podem reverter completamente o quadro, reduzindo significativamente o risco de sequelas.
Segundo Pedro Kurtz, coordenador da Unidade Neurointensiva do Samaritano Botafogo, o atendimento rápido e multidisciplinar é crucial: “O tempo é o fator determinante. Cada minuto sem atendimento adequado compromete o quadro do paciente. Nossa estrutura permite que a pessoa acometida seja avaliada por um neurologista logo na triagem, com acesso imediato à tomografia e ao início dos protocolos de reperfusão. Isso muda completamente a evolução clínica.”
Além do AVC isquêmico, que representa entre 70% e 80% dos casos, a estrutura também está preparada para o tratamento dos AVCs hemorrágicos e de outras emergências neurológicas complexas, como crises convulsivas, infecções do sistema nervoso central e traumatismos cranianos.
“A ideia é oferecer um cuidado integrado, desde a chegada do paciente até a reabilitação. Com neurologia de emergência e UTI neuroespecializada, aumentamos consideravelmente a chance de desfechos positivos”, completa Bezerra.
Entre os principais sinais de AVC, os médicos destacam a sigla SAMU:
- S de sorriso (boca torta ou assimetria facial);
- A de abraço (dificuldade de levantar os dois braços);
- M de mensagem (fala arrastada ou confusa);
- U de urgência (buscar socorro imediatamente).
Diante de qualquer um desses sinais, a recomendação é procurar imediatamente um serviço de emergência.
