No maior evento de inovação no setor de Seguros da América Latina, executivos da companhia conversam sobre ultra personalização, uso de dados e Novo Marco Legal
Depois de divulgar resultados recordes do 3T25, a Wiz Co (WIZC3), empresa especializada em bancassurance e distribuidora de consórcios e crédito, marcou presença no “CQCS Insurtech e Inovação”, maior evento de inovação do setor de seguros da América Latina, que aconteceu em São Paulo durante os dias 11 e 12 de novembro. Entre os mais de 150 palestrantes, representantes nacionais e internacionais do setor, os líderes da companhia estiveram presentes em diferentes painéis para falar sobre “O Novo Mercado de Seguros”, tema central da edição de 2025.
A Wiz Co, que bateu a marca de R$ 1 bilhão em prêmios emitidos no terceiro trimestre de 2025 e atingiu R$ 289,5 milhões em Receita Líquida graças ao desempenho do setor de seguros da companhia, trouxe executivos da companhia para discutir, em diferentes painéis, os temas que têm aquecido as decisões estratégicas e o dia a dia das seguradoras e corretoras de seguros em todo país.
Encantamento do cliente
Marcus Reis, Diretor Executivo de Tecnologia do Grupo Wiz Co, trouxe em sua fala, no painel “CX – Encantando e engajando a jornada do seguro”, a questão da personalização e do uso da IA não para substituir agentes e corretores, mas para muní-los de dados e informações no atendimento.
“Nós atuamos principalmente em parceria com grandes empresas, por isso procuramos agir como consultores, para que as empresas possam atender da melhor maneira possível o consumidor final. Somos sentinelas a favor do consumidor final, fazendo a intermediação entre os produtos que comercializamos e os clientes”, explicou o executivo.
Ele aponta que um dos itens mais críticos para atingir a excelência durante o atendimento são a personalização dos produtos, de acordo com as necessidades de cada cliente ou empresa, e a descentralização da tomada de decisões, que empodera quem está realizando o trabalho consultivo – mas exige estratégia. “Por meio da tecnologia, é possível transpor tais desafios, desde que o básico seja entregue com qualidade”, declarou.
Participaram do painel, ao lado de Marcus Reis, Marcelo Fonseca, Chief Revenue Officer na Fully Ecosystem, e Rafael Caetano, Sócio e CRO da Zxperience. Para os executivos, confiança e credibilidade também fazem a diferença para que a troca de informações facilite o dia a dia das áreas de CX e evite fricção. “A grande mudança necessária para o setor é a fricção entre contratação e uso, apólice e sinistro. Quanto maior a fricção, maior a frustração dos clientes em relação ao seguro”, finalizou Marcus Reis.
Bancassurance e cibersegurança em destaque
No segundo painel com participação da Wiz Co, Anderson Romani, Diretor Executivo da Wiz Corporate – unidade da Wiz Co voltada para grandes empresas de setores estratégicos do mercado, esteve ao lado de Angélica Gozzani Tozetti, Superintendente de Produtos de Seguros B3, e Augusto Rafael, Diretor Regional da GUIDEWIRE para conversar sobre o tema: “Bancassurance – Ampliando a proteção na sociedade Brasileira”.
“Os bancos e as instituições financeiras são os principais canais para a conscientização e penetração do setor de seguros, quando falamos do cliente final”, explicou Romani. “De todos os seguros mais importantes para o banco, o seguro cyber ocupa o primeiro lugar – tanto para si quanto para os demais parceiros e para os clientes. Em lugares como Estados Unidos, Japão e Europa, o seguro cyber é pré-requisito para que a instituição bancária possa oferecer crédito, por exemplo”, disse.
O executivo ainda despertou os participantes para a importância de as médias empresas – grande maioria das instituições financeiras no país – estarem atentas para a contratação do que ele considera o seguro fundamental em qualquer operação bancária atualmente: o seguro cyber. “As médias empresas são as que mais precisam ter esta preocupação, porque trabalham com caixa apertado e são mais vulneráveis”, finalizou Romani.
M&As como avenidas de crescimento
Lucas Neves, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores do Grupo Wiz Co, esteve presente no painel sobre “Aquisição como estratégia de inovação em Seguros”, ao lado de Adriano Guatimosim Carneiro, Sócio do escritório de advocacia Mattos Filho, e Fábio Ursaia, Vice-Presidente Executivo da Alper Corretora de Seguros.
O executivo ressaltou que a aquisição de empresas, por meio de joint ventures, é uma das estratégias de crescimento que colocou a Wiz Co entre as 700 maiores empresas do país. “Investimos cerca de R$1,2 bilhão em M&As de corretoras, principalmente corretoras de bancos. O principal aprendizado é que, ao realizar um M&A, o ecossistema de empresas que está adquirindo uma nova companhia precisa adicionar valor para o negócio, seja ele em termos de inovação, expertise, mercado ou reputação”, explicou.
Lucas Neves ainda trouxe a questão da inovação como fator essencial para um acordo de M&A, o que exige ainda mais atenção e estratégia de mercado. “Trabalho de inovação é trabalho de transpiração, não apenas de algoritmo”, contou o executivo, que exemplificou como ajustes finos podem fazer total diferença quando existe um ecossistema por trás de uma companhia: “Ao oferecer Seguro Pix, por exemplo, nós percebemos que aumentar o tempo do banner de contratação de 10 para 30 segundos, na tela do celular, aumentou significativamente a conversão do produto”.
Para finalizar, Lucas trouxe a Wiz Co como exemplo de como acordos de M&A podem favorecer a saúde financeira tanto da companhia que faz a aquisição quanto da empresa que é adquirida: “Até o momento, realizamos seis aquisições. Poucos anos depois, pudemos observar que todas as operações cresceram de 2 a 4 vezes desde que entraram no portfólio da Wiz Co”, concluiu.
IA como meio, não como estratégia final
Marcus Vinícius de Oliveira, CEO da Wiz Co, finalizou o dia de participações da companhia em debates sobre inovação no setor de seguros durante o Painel de Líderes. Ao lado de Domingos Monteiro, CEO da Neurotech, e Rivaldo Leite, CEO de Seguros do Grupo Porto, o executivo, que tem mais de 30 anos de atuação em seguros, afirmou: “Em nenhum lugar do mundo, quando é usada da forma correta, a Inteligência Artificial está sendo usada para cortar custos ou cortar postos de trabalho, porque não é para isso que a IA foi pensada”, disse.
Ao abrir o painel, o CEO afirmou que tem observado como as gerações, novas e mais antigas, interagem com a tecnologia. “Em uma ponta, temos a geração Z, que pensa de forma muito diferente. É uma geração obcecada por inovação, por informação e por mais conhecimento. Do outro lado, temos a população 65+, que vai representar 30% da população até 2050 e movimenta 3,8 trilhões de reais por ano. Ela também usa tecnologia e precisa de serviços que facilitem o dia a dia”, explicou Marcus Vinícius.
O executivo fechou sua fala chamando atenção para o uso consciente e estratégico da IA: “A IA não é a solução mágica, não vai resolver todos os problemas das empresas. É uma ferramenta que precisa ser bem estudada e aplicada para que, realmente, faça diferença e traga resultados. Na Wiz Co, preferimos testar com calma e aos poucos para que possamos entregar o que de melhor a IA tem a oferecer para o setor de seguros”, finalizou o CEO.
Marcus Vinícius também esteve presente no segundo dia de evento, no qual apresentou, na plenária principal, as recentes conquistas e resultados da companhia, que têm progredido ano a ano, por meio da adoção da inovação como pilar estratégico de crescimento das unidades de negócio.
