Principal índice da bolsa do Brasil registrou 21 recordes somente em 2025
O Ibovespa B3, principal índice da bolsa do Brasil, alcançou nesta segunda-feira (3), pela primeira vez em sua história, a marca de 150 mil pontos, fechando em 150.454,24 pontos. Apenas em 2025, o indicador registrou 21 recordes até o momento, sendo os últimos seis em dias seguidos.
“O novo recorde do Ibovespa B3 é resultado de uma combinação de fatores, com a melhora nas expectativas macroeconômicas e retomada gradual da confiança dos investidores local e estrangeiro. Alcançar o patamar dos 150 mil pontos sinaliza que a bolsa do Brasil está em momento de valorização e que os investidores seguem com suas estratégias de diversificação e sofisticação, das quais a renda variável é parte importante”, diz Luiz Masagão, VP de Produtos e Clientes da B3.
O Ibovespa B3 valorizou 25,25% até 3 de novembro de 2025. A atual carteira do índice, disponível no site da B3 e válida para o quadrimestre de setembro a dezembro, conta com 84 ativos de 81 empresas brasileiras. Há companhias do setor financeiro, de bebidas e alimentos, do varejo, de infraestrutura, de bens de consumo, de minério e de outras commodities.
“A bolsa brasileira é um dos investimentos que mais se valorizaram em 2025. Todos os investidores, inclusive as pessoas físicas, podem investir com valores acessíveis no Ibovespa B3 por meio dos ETFs, que são fundos que replicam o desempenho do índice”, afirma Masagão.
Confira abaixo quando a bolsa atingiu outros marcos históricos de pontuação do Ibovespa B3:
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O histórico estatístico completo do Ibovespa B3 está disponível no site da B3.
Confira abaixo os 21 recordes atingidos pelo Ibovespa B3 até o dia 31/10/2025:
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Conheça o Ibovespa B3
O Ibovespa B3 foi criado em 1967, mas começou a ser divulgado no pregão de 2 de janeiro de 1968, como parte de uma iniciativa da bolsa do Brasil de oferecer um instrumento mais técnico para avaliação do mercado financeiro do país. Antes, eram divulgadas apenas as cotações de cada ação.
Não demorou muito para ele se tornar uma referência para a avaliação de investidores de todo o mundo, ao mesmo tempo em que acompanhou as transformações econômicas vividas pelo país. Em 2019, pela primeira vez, o índice atingiu a histórica marca de 100 mil pontos.
Como o índice é calculado e como funciona?
O Ibovespa B3 é formado pelas ações com maior volume negociado na bolsa. O valor representa a quantia, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações a partir de uma aplicação hipotética, atribuindo o valor-base de 100 a um lote-padrão de uma carteira. Cada ponto equivale a 1 real.
Se o índice fecha em 100 mil pontos, significa, hipoteticamente, que a cesta de ações de compõem essa carteira vale R$ 100 mil. E esse sobe e desce que acompanhamos diariamente reflete justamente a valorização ou desvalorização desse conjunto de ações. O índice espelha o comportamento dos investidores, nacionais e estrangeiros, em relação aos papéis mais negociados na B3.
Quais ações podem compor o Ibovespa B3?
Principal termômetro do desempenho médio das ações mais negociadas e mais representativas da Bolsa, o índice é composto pelos ativos que movimentam em torno de 85% do total diário negociado no pregão da bolsa brasileira. A porta de entrada, que vai definir se um papel será incluído ou não no índice é a liquidez, ou seja, a capacidade que esse ativo tem de ser comprado ou vendido rapidamente, se transformando em dinheiro.
A cada quatro meses (em janeiro, maio e setembro), a composição da carteira do Ibovespa B3 é revisada, com a possibilidade de entrada e saída de empresas do índice. A B3 divulga três prévias de como essa carteira está se formando: no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira; no pregão seguinte ao dia 15 do último mês de vigência da carteira e no penúltimo pregão de vigência da carteira, para que gestores de fundos, por exemplo, consigam fazer os ajustes necessários no peso de cada papel para refletir a composição desse indicador.
Para compor a carteira do Ibovespa B3, as companhias listadas precisam cumprir alguns requisitos como a negociabilidade da ação nos últimos 12 meses, o volume dos negócios, o número de pregões de que a ação participou, além de não ser classificada como uma penny stock, que são as ações com valor abaixo de R$ 1,00.
Quando o Ibovespa B3 sobe, significa que as empresas que compõem o índice estão atraindo o interesse dos investidores e, com a demanda crescente, o valor de suas ações sobe, ou seja, valorizam. Essa valorização é medida em pontos. A empresa que compõe a carteira do Ibovespa B3 ganha visibilidade, com uma exposição diária em jornais e sites, e os investidores e gestores usam esse indicador como um referencial para formação de suas carteiras.
Da tela de negociação para o nosso dia a dia
O Ibovespa B3 reflete o comportamento da economia e das empresas listadas conforme as condições de mercado (liquidez, juros, câmbio, valorização acumulada etc.) e o nível de confiança dos investidores, tanto no Brasil quanto em outros países.
Em momentos de euforia econômica e de confiança nas políticas econômicas, esse indicador tende a ter um desempenho positivo. Já momentos de incerteza econômica e política, como uma pandemia mundial, por exemplo, podem levar o índice a recuar. Isso só comprova como ele se transformou em um importante termômetro do comportamento dos investidores em ações.
Como investir no Ibovespa B3?
Para investir em qualquer índice de qualquer bolsa de valores do mundo, é necessário que isso seja feito por meio de um produto. Ao longo dos anos, aumentou o número de produtos atrelados ao Ibovespa B3, e os investidores podem usá-lo de três maneiras:
1. Um investidor que deseja obter exposição a um índice de ações pode comprar as ações que compõem o índice no mercado, papel por papel, no pregão;
2. O investidor pode adquirir cotas de um fundo de ações, um fundo multimercado, com gestão ativa ou passiva, ou um ETF, que são os fundos de índices. Ou seja, produtos que se baseiam na oscilação do índice para performar. Se o índice sobe, o ETF sobe; se cai, o mesmo acontece com o fundo. Hoje, há oito ETFs listados na B3 que refletem o Ibovespa B3, além de diversos fundos abertos que também usam este índice como referência;
3. No mercado futuro, o investidor pode ter acesso aos contratos-padrão e ao minicontrato de Ibovespa B3, seguindo seu perfil de risco.
