CEO da 3i Residencial Sênior, oferece dicas práticas para atender a terceira idade nos próximos anos
Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que até 2070, aproximadamente 37,8% dos habitantes no Brasil serão idosos, o que corresponderá a 75,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Os dados reforçam a importância do país estar preparado para atender às novas necessidades dos idosos 4.0, aqueles que incorporam a tecnologia, como Internet, Inteligência Artificial, a Realidade Virtual e a Robótica, ao seu dia a dia de alguma maneira. “Os jovens de hoje estão conectados diariamente, consumindo notícias, entretenimento e conhecimento na Internet, são os idosos de amanhã”, ressalta, Fábio Thomé Alves, especialista em atendimento humanizado para idosos e CEO da 3i Residencial Sênior, rede de residenciais sênior para idosos lúcidos e não lúcidos.
“Estamos diante de uma geração que teve, e continuará a ter, um contato intenso com a tecnologia. E com o envelhecimento acelerado da população, é possível que o Brasil tenha um colapso por contar com um número significativo de pessoas idosas, mas sem a mão de obra qualificada necessária para o atendimento. Em contrapartida temos um oceano prateado de oportunidades no que tange o desenvolvimento não somente de estruturas de atendimento especializado para a terceira idade, como também em soluções e serviços para esse setor”, comenta.
As gerações Millennials e Z têm uma convivência natural com a tecnologia, resultando em uma mudança de comportamento, desde as formas de entretenimento à visão sobre envelhecimento, em que a longevidade não significa apenas a preservação da saúde, mas também a busca por qualidade de vida, conectividade e independência.
Diante desses fatos, o CEO da 3i Residencial Sênior, ressalta que a mudança de cultura do nosso país atrelado ao processo de mudança de hábitos, principalmente após a pandemia do Covid-19, faz com que tenhamos uma visão mais global e a necessidade de profissionalizar o mercado, gerando informação, conhecimento e, acima de tudo, aquecendo a economia de forma significativa. “As pessoas não estão mais buscando apenas serviços de saúde, mas também novas formas de lazer, interação social e bem-estar”, ressalta.
A seguir, Fábio apresenta quatro dicas tecnológicas essenciais, que podem ser implementadas em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), visando atender às demandas dos idosos 4.0. Confira como essas soluções podem transformar a qualidade de vida da nova geração de idosos:
- Sensores de movimento – Esses dispositivos são capazes de detectar quedas, movimentos suspeitos ou situações de emergência, com o objetivo de enviar alertas em tempo real para os cuidadores e familiares. “Os idosos querem manter a autonomia, se sentir independentes, por isso, os sensores de movimento são uma solução eficiente para que eles possam se mover mais livres pelo ambiente, mas sendo monitorados para manter sua segurança”, esclarece o especialista.
- Videochamadas com familiares – Oferecer tecnologia para facilitar a comunicação diária com os familiares e amigos, usando dispositivos como tablets é uma ótima maneira de mantê-los conectados. “Os idosos podem se sentir sozinhos com mais frequência do que uma pessoa mais nova, por isso essa prática é eficaz para manter a interação com seus entes queridos. Isso ajuda a reduzir sentimentos de isolamento e melhora o estado emocional, aumentando a qualidade de vida deles”, sugere.
- Jogos digitais terapêuticos – Invista em aplicativos e jogos para estimular a memória e a cognição, como palavras cruzadas ou jogos de lógica. “Essa é uma abordagem inovadora para melhorar a saúde física, mental e emocional dos idosos. Esses jogos são projetados para serem mais do que apenas uma forma de entretenimento; eles têm um propósito terapêutico”, indica.
- Carros e transportes adaptados – São fundamentais para garantir mobilidade, autonomia e qualidade de vida para os idosos 4.0, especialmente aqueles que podem ter dificuldades com a locomoção devido ao envelhecimento ou a condições de saúde. “Ter veículos à disposição facilita o acesso a consultas médicas, atividades sociais e outros compromissos. Com recursos como rampas, assentos ajustáveis e sistemas de monitoramento, os transportes adaptados garantem uma experiência mais segura e confortável”, aconselha Alves.