Indústria e cooperativismo discutem futuro do setor produtivo com mudanças climáticas

Indústria e cooperativismo discutem futuro do setor produtivo com mudanças climáticas / Foto: Universo do Seguro
Foto: Universo do Seguro

Painel destacou a importância de inovação, arcabouço regulatório e financiamento sustentável para impulsionar mudanças

O 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), trouxe ao centro das discussões o papel do setor produtivo frente aos desafios da transição climática. O painel, moderado por Carla Simões, diretora de Comunicação da CNseg, reuniu Alex dos Santos Macedo (coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB), Davi Bomtempo (superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI) e Gilberto Martins (diretor de Assuntos Regulatórios da Anfavea).

Cooperativismo como agente de transformação

Abrindo o painel, Alex Macedo destacou que o cooperativismo deve ser visto como um instrumento de proteção e de desenvolvimento sustentável. Ele defendeu que práticas de preservação e boas iniciativas ambientais precisam ser valorizadas como ativos — e não apenas como custos — no processo de produção.

Segundo ele, a agenda do setor cooperativista para o futuro deve contemplar segurança alimentar, bioeconomia, transição energética e maior participação comunitária, sempre com base em dados que auxiliem na formulação de políticas públicas. “É fundamental reconhecer as cooperativas que preservam além das exigências legais e incentivar modelos sustentáveis que beneficiem comunidades locais”, afirmou.

Indústria busca competitividade com sustentabilidade

Representando a indústria, Davi Bomtempo enfatizou que a competitividade está diretamente ligada à sustentabilidade. Ele lembrou que a CNI tem trabalhado em uma estratégia de baixo carbono, estruturada em pilares como transição energética, economia circular, mercado de carbono e conservação florestal.

Bomtempo ressaltou ainda a necessidade de superar barreiras relacionadas ao financiamento. “Existem recursos disponíveis, mas faltam projetos consistentes e garantias para atrair capital internacional. O desafio é transformar as vantagens comparativas do Brasil em vantagens competitivas globais”, sinalizou.

Setor automotivo e inovação regulatória

No setor automotivo, Gilberto Martins destacou os avanços e desafios da transição climática. Ele citou programas como o Rota 2030 e o Mover, que estabelecem metas de eficiência energética, redução de emissões e uso de materiais recicláveis na produção de veículos.

Martins ressaltou a necessidade de arcabouço regulatório robusto que garanta a rastreabilidade de peças e a reciclagem adequada de veículos, evitando que componentes voltem ilegalmente ao mercado. “O objetivo é criar um sistema limpo e perene, capaz de transformar a cadeia automotiva com base na sustentabilidade”, explicou.

Convergência de agendas

O painel evidenciou que, embora com perspectivas diferentes, indústria e cooperativismo compartilham o desafio de integrar sustentabilidade ao modelo de negócios. A cooperação entre setor produtivo, governo, seguradoras e sociedade civil será determinante para que o Brasil avance na transição climática.

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