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Inflação médica no Brasil segue tendência global e projeção para 2026 é de 11%,

Setor de planos de saúde fecha 2024 com números recordes de beneficiários / Foto: Freepik
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Segundo estudo da WTW, o Brasil está acima da projeção global de aumento (10,3%), mas abaixo da projeção para a América Latina (11,9%), e houve um crescimento na demanda por tratamentos voltados à saúde mental

A WTW, uma das principais consultorias de benefícios e corretora de seguros do mundo, divulgou a edição de 2026 da pesquisa “Tendências médicas globais” (Global Medical Trends, em inglês), que traz uma análise detalhada da inflação médica no Brasil e no mundo. A pesquisa mostra como os preços de serviços de saúde, como consultas, exames, cirurgias, medicamentos e planos de saúde, têm aumentado ano após ano.

De acordo com a pesquisa, a projeção da inflação médica no Brasil para 2026 é de 11%, um pouco abaixo da expectativa de 11,1% para 2025. Com isso, o Brasil segue acima da projeção global de aumento (10,3%), mas ligeiramente abaixo da previsão para a América Latina (11,9%).
“É importante destacar que, ao falarmos sobre inflação médica no Brasil, devemos considerar diversos fatores e atores como: regulação, judicialização, avanços tecnológicos com preços cotados em dólar, comportamento do consumidor, desperdícios, fraudes, entre outros”, explica Walderez Fogarolli, diretora de Saúde e Benefícios da WTW.

Principais custos

A pesquisa da WTW detalhou os serviços médicos que mais pressionarão a inflação em 2026. Nas Américas, a cobertura de medicamentos é o maior impulsionador de custos, com destaque para terapias avançadas como medicamentos de última geração para obesidade e diabetes.
“Embora os serviços de saúde no Brasil ainda não contemplem medicamentos para emagrecimento, como as canetas injetáveis, o Rol de procedimentos ampliou a cobertura ambulatorial para alguns medicamentos oncológicos, doenças raras e autoimunes”, comenta Fogarolli.

Entre as condições médicas que mais impactarão os custos da saúde nas Américas, incluindo o Brasil, estão câncer (69%), doenças cardiovasculares (52%), diabetes (37%) e saúde comportamental (33%).

Vale destacar o crescimento no tratamento de condições de saúde mental e comportamental, como o espectro autista e o TDAH, que desde 2022 passaram a contar com cobertura ilimitada de sessões”, pontua a diretora.

Um ponto relevante da pesquisa é que os aumentos nos custos médicos devem continuar nos próximos anos. Nas Américas, incluindo o Brasil, 34% dos entrevistados acreditam que as altas continuarão nos próximos 2-3 anos, enquanto 50% esperam que as altas persistam por mais de 3 anos.

Embora os serviços de saúde no Brasil ainda não contemplem medicamentos para emagrecimento, como as canetas injetáveis, 67% dos entrevistados acreditam que esses tratamentos impactarão os custos médicos nos próximos três anos.

Novas tecnologias

Uma tendência apontada na pesquisa é a implementação de Inteligência Artificial (IA) na saúde. De acordo com os respondentes, 37% planejam adotar IA em seus programas de saúde nos próximos três anos; nas Américas, esse número sobe para 42%, impulsionado principalmente pelos Estados Unidos e Canadá. Globalmente, 58% dos entrevistados acreditam que a IA ajudará nas administrações e operações administrativas.

A pesquisa Global Medical Trends ouviu cerca de 400 instituições de 91 países, entre os meses de junho e julho de 2025. Desse total, 27% são da América Latina, incluindo o Brasil.

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