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Influenciadores de investimentos superam 176 milhões de seguidores em redes sociais, de acordo com ANBIMA

BB Previdência: desafios no mercado internacional devem impactar decisões de investimentos / Foto: Freepik
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Levantamento elaborado pela ANBIMA em parceria com o IBPAD registrou um aumento de 140% em influenciadores do setor financeiro desde 2020

O mercado de investimentos no Brasil tem se beneficiado da atuação dos finfluencers, os influenciadores digitais que falam sobre finanças nas redes sociais. Segundo o 5º FInFluence, relatório elaborado pela ANBIMA juntamente com o IBPAD, apontou que esses profissionais alcançaram 176,3 milhões de seguidores em seus perfis no Facebook, Instagram, X e YouTube até o final do primeiro semestre de 2023. Esse número representa um aumento de 6% em relação ao final de 2022 e um salto de quase 140% em relação ao início do levantamento, em setembro de 2020.

Os finfluencers não só atraem mais público, mas também geram mais engajamento. As interações médias (compartilhamentos, comentários e curtidas) cresceram 10%, chegando a 1.637 por publicação. O volume de conteúdo também aumentou 13%, totalizando 313,9 mil vídeos e postagens no período analisado. Ao todo, o relatório identificou 515 influencers ativos nas quatro redes sociais entre janeiro e junho de 2023, o mesmo número do semestre anterior.

Perfil dos influenciadores

Ainda de acordo com o levantamento, o Twitter continua sendo a rede social mais utilizada pelos finfluencers, apesar das críticas que vem recebendo por parte dos usuários por conta de mudanças que impactam a experiência na plataforma. O Twitter foi responsável por 45,1% dos conteúdos publicados pelos finfluencers no primeiro semestre de 2023, seguido pelo Instagram, com 21,3%.

No entanto, o Twitter também registrou uma queda de 61% no engajamento médio, que ficou em 495 interações por postagem. Já o YouTube se destacou nesse quesito, alcançando alto nível de interação em seus vídeos, com uma média de 6.421 interações por material publicado, um aumento de 65% em relação ao último relatório.

Em relação aos assuntos abordados pelos finfluencers, o estudo mostrou que o cenário político brasileiro perdeu espaço nas redes sociais após a mudança de governo e o fim das eleições. O tema foi mencionado em apenas 7,5% das publicações dos finfluencers, uma redução de 11,1% em comparação com a quarta edição do relatório. As interações médias também caíram 27%, ficando em 1.931 por postagem.

Por outro lado, a economia brasileira ganhou mais destaque nas publicações dos finfluencers, sendo citada em 10,5% dos conteúdos, um crescimento de 19%. As interações médias subiram 9%. O mercado de ações foi o assunto mais frequente nas publicações dos finfluencers, com uma participação de 48,9%. Outro tema que gerou engajamento foram as commodities, com uma média de 2.906 interações por postagem, e as operações day trade, com uma média de 2.520 interações por postagem.

Exemplos de sucesso

O Simpla Invest, que integra a lista da Anbima, é um caso de sucesso de como o mercado se transformou e evoluiu nos últimos anos através das redes sociais. A empresa foi criada pelo influenciador digital e empresário Lucas Rufino e é uma das referências desse novo cenário de investidores nativos digitais. Dois dos seus analistas: Gabriel Bassotto, que atua na área de ações, e Thiago Armentano, que faz a análise de ativos globais, estão entre os três perfis médios que mais se destacaram no Instagram.

Armentano, que teve um aumento de 52% e hoje tem cerca de 137 mil seguidores, acredita que o mercado está se abrindo para novos canais de comunicação. “Não é uma tendência, é uma realidade. O universo dos investimentos não é mais um setor fechado, é um campo aberto, que exige novas formas de relacionamento”, afirma.

Bassotto – que tem 51 mil seguidores – por sua vez, enxerga ainda mais espaço para o crescimento do mercado e da empresa nas redes sociais. “Nossa empresa surgiu do princípio da simplificação e isso está alinhado com o nosso crescimento orgânico e reconhecimento no cenário nacional. Podemos ampliar ainda mais”, diz.

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