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Infraestrutura nacional começa a sair do ponto morto

Infraestrutura nacional começa a sair do ponto morto / Foto: Seniv Petro / Freepik
Foto: Seniv Petro / Freepik

Confira artigo de Gilberto Severo, Jornalista, especializado em Finanças, Seguros e Infraestrutura

Pelo seu gigantismo territorial, o Brasil depende de grandes obras de infraestrutura para sustentar seu crescimento, com destaque para energia e transportes, envolvendo toda a logística necessária.

Gilberto Severo, Jornalista, especializado em Finanças, Seguros e Infraestrutura / Foto: Divulgação
Gilberto Severo, Jornalista, especializado em Finanças, Seguros e Infraestrutura / Foto: Divulgação

Nesse cenário, grandes projetos de engenharia ganham importância vital, inclusive, levando-se em conta as exigências globais para o aporte de investimentos dentro das regras do sistema ESG, de meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa. No entanto, enfrentamos desafios ainda maiores decorrentes de uma taxa de juros entre as maiores do mundo que inibe os investimentos públicos e privados. O norte-americano prêmio Nobel de Economia de 2001, Joseph Eugene Stiglitz, classificou o patamar nacional de 2023 definido pelo Banco Central de “taxa de morte”.

Diferentes setores capitaneados pelo Estado, por investidores estrangeiros e empresas privadas seguem num esforço para que o país comece a vencer os gargalos, sobretudo em áreas como a geração de energia limpa para seguir crescendo.

Na área de transportes o Governo Federal anunciou, no início deste ano, investimentos R$ 18,8 bilhões a serem aplicados na logística nacional, valor ainda baixo, mas que iguala a capacidade de investimento aos patamares de 2016. De lá para cá, a imposição do teto de gastos provocou o “enforcamento do investimento público”, e os recursos destinados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) caíram drasticamente.

O desafio do Ministério dos Transportes é garantir que o Brasil tenha responsabilidade fiscal, mas que também garanta as condições de investimento. Devido a grandiosidade dos desafios, os recursos ainda são insuficientes para suprir as graves deficiências, a exemplo da necessidade de ampliação de silos, modernização de portos e aeroportos.

O Brasil, no entanto, tem impressionante resiliência, e o setor de engenharia nacional, mesmo após movimentos políticos capitaneados pela chamada Operação Lava-Jato que comprometem imagem, reputação e finanças de grandes empresas, têm dado uma demonstração de competência apostando em novas tecnologias capazes de suprir os desafios que as grandes obras exigem.

Hoje, os maiores investimentos, sobretudo de investidores e organismos internacionais de aporte ao desenvolvimento como o Banco Mundial (Bird), cada vez exigem comprometimento com as fontes renováveis em detrimento das fontes fósseis.

O Brasil tem uma capacidade enorme de resposta neste sentido que passa tanto pela geração de energia eólica e solar, como também por hidrelétricas que podem ser potencializadas sem prejuízo ao meio-ambiente, pois a evolução da engenharia permite a realização de obras que consomem menor tempo e representam menor impacto ambiental e concorrem para a maior proteção dos biomas e das espécies ameaçada de fauna e flora.

Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o país receberá até o próximo ano investimentos de R$ 56 bilhões para a transmissão de energia elétrica.Os investimentos na expansão das linhas de transmissão serão decorrentes de novos contratos de concessão, com leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Este item é importante para o maior uso pelo país da geração de energia limpa, mas é, ainda, insuficiente para atender a demanda crescente tanto da população como das empresas, o que inclui indústria e comércio.

São muitos os desafios a serem sanados,mas a engenharia nacional tem capacidade e profissionais qualificados para atender as demandas do país. Os planos apresentados são sempre ousados, ainda que alguns sejam paliativos. Algumas medidas tornam-se apenas reparadoras de gargalos, muitos deles fruto dos desafios climáticos que comprometem estradas, portos, aeroportos, silos hoje insuficientes no caso do escoamento da produção agrícola quando há avarias sobretudo nas estradas e uma infinidade de medidas que podem tornar mais viável a produção nacional.

De uma coisa é certa, sem o investimento massivo na geração de energia, com a possibilidade de maior mobilidade de transportes por meio elétrico em detrimento de fontes fósseis, o país corre o risco, mais uma vez, de perder espaço na história que há séculos nos aponta para a importância da eletricidade na geração de emprego, renda e aporte ao desenvolvimento em padrões mais modernos e eficientes.

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