Especialista alerta para os riscos jurídicos do uso de IA em clínicas e hospitais sem a devida conformidade legal
A rápida adoção da inteligência artificial por hospitais, clínicas e operadoras de saúde trouxe avanços inéditos para o setor — como sistemas que acompanham consultas médicas em tempo real, fazem triagens automatizadas e até sugerem condutas clínicas. No entanto, segundo Marcelo Mearim, CEO da Sofya, startup criada no núcleo de inovação do Hospital Sírio-Libanês, muitas dessas soluções podem estar colocando dados sensíveis de pacientes em risco — e infringindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“A saúde lida com o tipo mais sensível de dados pessoais. Quando a inteligência artificial capta e interpreta uma consulta médica, surgem novas responsabilidades. Onde esses dados estão sendo armazenados? Quem tem acesso? Estamos respeitando a lei?”, questiona Mearim.
A LGPD impõe regras rigorosas sobre o tratamento de dados sensíveis, exigindo consentimento claro, infraestrutura local e garantias contratuais — especialmente quando há uso de servidores fora do Brasil. Mearim alerta que, sem essas salvaguardas, mesmo soluções tecnológicas eficazes podem expor as instituições a riscos jurídicos e reputacionais sérios.
Além de destacar os principais pontos de atenção para a conformidade com a LGPD, o especialista traz um checklist prático para gestores e médicos avaliarem a segurança das soluções de IA que pretendem adotar. Ele também defende que a responsabilidade sobre o sigilo das informações deve ser compartilhada entre DPOs, instituições e os próprios médicos, que seguem sendo responsáveis pelo prontuário do paciente.
A Sofya, empresa liderada por Mearim, é uma das pioneiras no Brasil no desenvolvimento de agentes de IA proprietários com arquitetura segura e hospedagem local, que atendem aos requisitos da LGPD sem comprometer a produtividade dos profissionais de saúde.
Se quiser aprofundar esse tema, o Marcelo Mearim está disponível para entrevistas e pode comentar sobre:
- Os riscos legais no uso de IA em instituições de saúde;
- As exigências da LGPD para dados sensíveis de pacientes;
- Casos reais de vazamento e o impacto nas clínicas;
- Como garantir inovação com responsabilidade no setor de saúde.