O Ação Climática apoia pequenos e médios municípios no processo de adaptação e construção de territórios resilientes a impactos climáticos extremos
O Instituto Votorantim e CBA apresentam, durante a COP30, a Iniciativa Ação Climática, iniciativa pioneira voltada a apoiar pequenos e médios municípios brasileiros no processo de adaptação às mudanças do clima e na construção de territórios mais resilientes.
A experiência com a Iniciativa será tema central da palestra “Territórios resilientes: justiça climática, comunidades e novos modelos de desenvolvimento”, no dia 17 de novembro, às 10h45, no Espaço Legado & Futuro Votorantim, em Belém (PA).
Além da discussão sobre os caminhos e a urgência em se endereçar o tema da adaptação climática no País, representantes das organizações também irão compartilhar os primeiros aprendizados com a implementação do Programa.
Criado pelo Instituto Votorantim, Instituto Itaúsa e CBA, em 2023, a Iniciativa Ação Climática atua junto a municípios no desenvolvimento de ações práticas para o enfrentamento de eventos climáticos extremos e integra o Programa Apoio à Gestão Pública (AGP), do Instituto Votorantim, que conta com a parceria de instituições técnicas, acadêmicas e setoriais para seu desenvolvimento metodológico e execução.
A Iniciativa dispõe de três ferramentas: o Índice de Vulnerabilidade Climática dos Municípios (IVCM), plataforma de consulta gratuita que integra a versão brasileira do Índice de Progresso Social (IPS); o Checklist de Adaptação Climática, que orienta as prefeituras na estruturação de políticas e planos e o Programa AGP Ação Climática, voltado às equipes técnicas com foco no desenvolvimento de competências em gestão de riscos, adaptação e resiliência.
“Garantir a prontidão dos municípios para lidar com eventos climáticos extremos deve ser uma prioridade na agenda do clima. Estar com a CBA, Votorantim Cimentos, Nexa, Auren, Citrosuco, Motiva e Dexco nessa missão é uma oportunidade de reforçar o papel do setor privado no enfrentamento do maior desafio do nosso tempo”, diz Fernanda Ferraz, diretora-presidente do Instituto Votorantim.
Até o momento, 17 municípios são atendidos pelo programa, com mais de 350 participantes e R$ 5,9 milhões investidos. Ao todo, 166 órgãos públicos e 37 organizações da sociedade civil foram envolvidos. “Estamos construindo uma agenda de adaptação climática com base em redução de vulnerabilidades nas regiões onde atuamos, em contribuição à resposta gradativa dos municípios às crises e, mais do que isso, à uma ambição de que se antecipem e criem políticas públicas efetivas e inclusivas de prevenção”, afirma Leandro Faria, gerente-geral de Sustentabilidade, Segurança e Meio Ambiente da CBA. “É um trabalho de médio prazo, mas os primeiros passos já mostram como a união entre setor privado, poder público e comunidade é transformadora”, complementa.
Entre os municípios atendidos pelo programa, quatro fazem parte de territórios de atuação da CBA: Niquelândia (GO), Juquiá (SP), Juquitiba (SP) e Muriaé (MG). Municípios onde outras empresas da Votorantim atuam como Aripuanã, no Mato Grosso (Nexa), Lajes, no Rio Grande do Norte (Auren) e Matão, em São Paulo (Citrosuco) também fazem parte do Programa.
Em 2025 – em parceria com Motiva, Instituto Motiva, Votorantim Cimentos, Dexco e Instituto Itaúsa – outros dez municípios do Rio Grande do Sul passaram a integrar o Programa: Esteio, Gravataí, Cachoeirinha, Taquari, Terra de Areia, Sapucaia do Sul, Triunfo, Montenegro, Nova Santa Rita e Três Cachoeiras. A região foi duramente atingida pelo maior desastre climático de sua história em 2024.
Índice de Vulnerabilidade Climática dos Municípios (IVCM)
Apresentado pela primeira vez na COP28, o Índice de Vulnerabilidade Climática dos Municípios (IVCM) traz uma versão atualizada com os dados de base do ano de 2024 que revelam as localidades brasileiras que mais podem sofrer as consequências das mudanças do clima.
O IVCM é o primeiro a incluir populações vulneráveis no cálculo, como pessoas de baixa renda, idosos, crianças, população negra e povos e comunidades. Essa abordagem parte do reconhecimento de que certos grupos estão mais expostos a eventos climáticos extremos e possuem menor capacidade de resposta, alinhando-se ao conceito globalmente reconhecido de justiça climática.
O cálculo utiliza dados secundários e considera a exposição a seis fatores: 1) inundações; enchentes, alagamentos e enxurradas; 2) deslizamentos; 3) hídrico (seca); 4) queimadas; 5) redução/inviabilização de setores da agropecuária e 6) aumento de problemas de saúde ligados ao clima. Para cada um, são considerados dados do nível de ameaça desses fenômenos, a exposição da população e a adaptação da cidade. Como resultado, a cada município é atribuída uma nota de 0 a 100, sendo maior o valor quanto maior a vulnerabilidade.
“Vimos que de uma edição a outra, o grau de vulnerabilidade dos municípios não apresentou variações relevantes, o que era de se esperar. Para melhorar os indicadores e mexer nesse ponteiro é preciso que haja intervenções estruturantes de médio e longo prazos, envolvendo multiatores e pautada pela justiça climática. É justamente na construção dessas boas práticas que se debruçam nossos esforços no AGP Ação Climática”, diz Rodolfo Garuba De Menezes Mota, coordenador de Gestão de Programas do Instituto Votorantim.
A consulta aos dados de cada um dos 5.570 municípios mapeados é gratuita e está disponível no site: https://institutovotorantim.
Espaço Legado & Futuro Votorantim
Iniciativa de Banco BV, CBA, Citrosuco, Reservas Votorantim e Votorantim Cimentos, o Espaço Legado & Futuro foi criado para debater soluções climáticas e apresentar exemplos de inovação sustentável durante a COP30, em Belém (PA).
Localizado dentro da EY House (hub oficial da UNFCCC, braço climático da ONU), próximo à Estação das Docas e no caminho para a Blue Zone, o espaço busca conectar lideranças, especialistas e organizações em torno de estratégias que conciliam valor econômico e ambiental.
A EY House foi construída com materiais de baixo impacto ambiental cedidos pelas empresas do portfólio Votorantim. Após o evento, o espaço será doado à Secretaria dos Povos Indígenas do Estado do Pará.
O painel Territórios resilientes: justiça climática, comunidades e novos modelos de desenvolvimento”, acontece no dia 17 de novembro, às 10h45.
Interessados em participar do evento podem se inscrever no site: https://www.
