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Insurtech Brasil aborda a preciosidade dos dados para mitigação de riscos no onboarding de clientes

Universo do Seguro

Painel reuniu especialistas da Coover e da Neoway durante encontro que reuniu diversos stakeholders do setor de seguros na Capital paulista

Nos dias atuais é imprescindível contar com uma boa base de dados estruturados. Este é um dos principais recados deixados pelo painel ‘Onboarding de clientes: o papel dos dados para mitigar riscos”, realizado durante a quinta edição do Insurtech Brasil, evento promovido pelo Conexão Fintech, no Amcham Business Center, na Zona Sul de São Paulo.

A mediadora do painel, Juliana Gregorini Montez, fundadora da Pluvon, enfatizou a existência de diversas bases de dados disponíveis de forma fragmentada. Nesse sentido, ela – que é uma das organizadoras do evento – conversou com Fabricio Matos, Co-founder & CTO da Coover; e Luana Paganini, Sales Coordinator da Neoway. “Os desafios são imensos diante de tantas transformações regulatórias e a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo. Contamos com outras novidades como os motores de dados, a chegada do Open Insurance e a atual realidade”, ponderou ao questionar aos especialistas sobre o modo como todas essas iniciativas podem possibilitar mais inovação e possibilitar um maior acesso ao mercado de seguros por parte da população.

Jornada precisa ser fluida

O desenvolvimento do canal digital para o onboarding de clientes é, de fato, crucial – na visão de Fabricio Matos. Para o especialista é preciso diminuir fricções, cliques e tornar essa jornada mais agradável e fluida. “Privacidade é sempre um assunto muito delicado quando tratamos sobre isso. Como trocar informações de forma segura?”, questionou ao citar a importância do georreferenciamento e outros indicadores que servem para tomada de decisões.

Cientista de dados, o especialista da Coover reiterou a relevância de “plugar” soluções para resolução de questões – de modo a tornar os processos mais ágeis. “Para entregar valor é preciso ir além de automatizar os processos. É muito importante conseguir entender que os modelos passarão por adaptações específicas para cada linha de negócio. O desafio é assumir certo risco e tirar fricção do processo”, declarou.

Sobre o Open Insurance, Fabricio Matos acredita que é preciso criar percepção de valor no consumidor. “O potencial dos dados é permitir – no Seguro Auto -, por exemplo, uma precificação mais justa e um aumento no volume de negócios”, disse ao indicar que o combate às fraudes também é relevante para a expansão da cobertura securitária. “Observamos muitos riscos seguráveis que não contam com proteções oferecidas pelo mercado. Há muito o que ser desenvolvido na linha de produtos de seguros. Precificação e oferta personalizada são fundamentais para isso”, completou.

Ferramentas são aliadas na gestão do risco

Para Luana Paganini é preciso contar com o apoio de bots, ferramentas de automação e de inteligência artificial para tornar o processo de tomada de decisão cada vez mais ágil. “Existe um risco atrelado. É necessário que existam ferramentas por trás que façam essas validações e deem respostas rápidas e fluídas para o cliente”, ponderou a especialista da Neoway. “É necessário que existam ferramentas por trás que façam essas validações e deem respostas rápidas e fluídas para o cliente”, acrescentou.

Para validação de documentos, de acordo com Luana, faz-se necessário contar com o suporte de ferramentas de Optical Character Recognition (OCR) – ou Reconhecimento Óptico de Caracteres, em tradução livre. “Também acredito que esse processo precisa ser ágil e fluido para que as seguradoras não percam o cliente. Se o processo é muito lento, o segurado acaba desistindo e a gente só garante isso se tivermos ferramentas e a segurança necessária para esse processo”, analisou.

Luana Paganini citou a aquisição da Neoway por parte da B3 – o que também traz grande expertise para a companhia – dado o desenvolvimento do Sistema de Registro de Operações (SRO). “É preciso pensar na evolução dos processos e segurança para minimizar o compartilhamento de dados com diversos players. Quando combinados, esses dados servem como insights. É trazer inteligência para o dado para que ele gere valor no processo de análise”, revelou.

A Sales Coordinator da Neoway demonstrou que tirar a fricção do processo de onboarding e minimizar os riscos de fraude têm sido o foco do mercado no momento atual. “As demandas de nossos clientes estão voltadas para esses fluxos automatizados para tomada de decisão, que vão considerar todos os dados dos clientes, dados externos (combinados com variáveis inteligentes). É juntar os dados do cliente, dados que a Neoway possui e criar – a quatro mãos – um conjunto de regras que possibilitará a aceleração da tomada de decisões automaticamente”, explicou.

Motor de decisão

Ainda durante o painel, Luana Paganini compartilhou com o público presente que os chamados motores de decisão também podem ser considerados como motores de aprovação. “Casos críticos vão para uma análise mais detalhada, a chamada análise de mesa, ou irão gerar uma reprovação automática. Os dados podem ser agregados e aperfeiçoam, cada vez mais, a expertise da plataforma”, afirmou ao apontar a necessidade de melhoria constante na experiência do usuário.

“Para lidar com a prevenção de fraudes é preciso considerar os diferentes fluxos e as diferentes camadas de avaliação. É possível gerar flags para determinados comportamentos. É preciso também pensar em toda a jornada deste consumidor, pois queremos propiciar benefícios tanto para o mercado, como para a população como um todo – sempre adequando todos os processos às legislações, normas e padrões de qualidades. Todos nós, assim como os clientes e parceiros, precisam estar engajados com essas práticas de segurança para minimizar essas vulnerabilidades”, sublinhou ao, novamente, ponderar a importância de soluções – como APIs de dados, por exemplo – para melhorar cada vez mais este processo. “É importante considerar sempre, claro, o consentimento do cliente e a finalidade no uso dessas informações”, complementou a especialista ao projetar a expansão na competitividade do mercado e o apetite do consumidor por ofertas personalizadas.

A 5ª edição do Insurtech Brasil contou com o apoio da Sensedia, Innoveo, D1 – Zenvia, Planetun, Suthub, Autovist, Guy Carpenter, fitinsur, Carbigdata, Coover, Guidewire, Onze, Souza Melo Torres, Hannover Re, MAG, BNP Paribas Cardif e Bluecyber.

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Artigo Original: Insurtech Brasil

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