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Inteligência Artificial e a nova era dos seguros: agilidade, precisão e personalização

Thiago Fernandes, CEO e fundador da Da2 / Foto: Divulgação
Thiago Fernandes, CEO e fundador da Da2 / Foto: Divulgação

Confira artigo de Thiago Fernandes, CEO e fundador da startup Da2

A Inteligência Artificial (IA) e os agentes autônomos estão transformando o setor de benefícios empresariais, substituindo processos manuais e burocráticos por soluções inteligentes que otimizam a distribuição de seguros. Essa evolução aumenta a eficiência das seguradoras e melhora a experiência dos clientes, permitindo produtos mais acessíveis e personalizados.

No entanto, a adoção total da IA ainda enfrenta desafios, como a modernização de sistemas legados, a regulamentação do uso de dados e a necessidade de conquistar a confiança dos consumidores, que muitas vezes têm receio sobre como suas informações serão utilizadas.

De acordo com o relatório Accelerating the digital transformation, produzido pela Strategy& – part of the PwC network, a distribuição de seguros está sendo redefinida, trazendo mais eficiência sem substituir o papel fundamental dos corretores e consultores.

Pelo contrário, a IA fortalece esses profissionais, permitindo um atendimento mais estratégico e personalizado. Com plataformas inteligentes, os corretores podem acessar dados detalhados sobre o perfil do cliente, agilizando a recomendação de produtos e tornando o processo de contratação mais fluido.

Além disso, a automação de tarefas operacionais, como a análise de propostas e a comunicação com clientes, libera tempo para que os corretores foquem no relacionamento e na consultoria, garantindo um serviço de maior valor agregado.

No entanto, ainda há uma grande dificuldade dessas mesmas empresas conseguirem explorar todo o potencial das oportunidades geradas pela digitalização, esbarrando em barreiras culturais e organizacionais que dificultam a adoção de novas tecnologias.

A integração de soluções como automação e inteligência artificial exige não apenas investimentos em infraestrutura, mas também uma mudança de mindset dentro das empresas. Superar esses obstáculos é essencial para otimizar processos, aprimorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência operacional, garantindo maior competitividade e capacidade de adaptação em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente.

Diante deste cenário as seguradoras têm realizado cada vez mais investimentos em busca de tecnologias robustas, principalmente para o desenvolvimento de plataformas de autoatendimento e automação e personalização de atendimento ao cliente e aos corretores.

A partir da integração de ecossistemas de dados abertos, impulsionados por gigantes da tecnologia como Amazon, Apple e Google, as seguradoras conseguem oferecer produtos altamente customizados com base nos hábitos e no estilo de vida dos segurados. Seguros dinâmicos ajustam valores conforme o comportamento do cliente, oferecendo benefícios para aqueles que adotam hábitos saudáveis e incentivos para quem busca melhorar sua qualidade de vida.

A partir da integração de ecossistemas de dados abertos, as seguradoras têm acesso a uma quantidade crescente de informações, permitindo minerar dados estratégicos e gerar insights valiosos para potencializar suas vendas. Com a análise inteligente desses dados, é possível identificar padrões de comportamento, preferências e necessidades dos clientes, permitindo a oferta de produtos mais relevantes no momento certo.

Isso possibilita, por exemplo, a recomendação proativa de seguros complementares, a segmentação mais precisa de campanhas de aquisição e a criação de estratégias personalizadas de cross-sell e up-sell, aumentando a conversão e o engajamento dos segurados.

Os canais de distribuição também passam por uma revolução. Se antes a venda de seguros dependia exclusivamente da interação presencial, agora assistentes virtuais e plataformas digitais assumem um papel central na captação e conversão de clientes.

Chatbots com IA respondem dúvidas, recomendam produtos e conduzem o cliente pelo processo de contratação, tornando a experiência mais ágil. Além disso, a IA pode analisar o comportamento digital dos consumidores, otimizando campanhas de marketing para oferecer produtos no momento ideal, reduzindo o atrito na tomada de decisão e aumentando as taxas de conversão.

A expectativa para os próximos anos é que a Inteligência Artificial se torne uma aliada indispensável para o setor de seguros, impulsionando a análise avançada de dados e revolucionando a estratégia de distribuição e personalização de produtos. O estudo da Strategy& indica que cinco em cada seis seguradoras acreditam que a IA será o pilar central de seus serviços nos próximos três a cinco anos.

No entanto, a maior barreira para essa revolução não é a tecnologia em si, mas a capacidade das empresas de superarem desafios internos, como cultura organizacional, processos rígidos e resistência à inovação.

A inteligência artificial não está apenas aprimorando operações; ela está redefinindo a forma como seguros de vida e saúde são distribuídos e consumidos. O futuro do setor será um equilíbrio perfeito entre tecnologia e expertise humana, onde interações inteligentes, análise preditiva e personalização extrema transformarão a jornada do cliente.

O seguro do futuro não será apenas um contrato assinado, mas um serviço vivo, dinâmico e ajustado às necessidades reais de cada segurado – e a IA será o coração dessa mudança.

Mas há um grande obstáculo a ser superado: a falta de um roadmap estruturado. Muitas seguradoras ainda não conseguem traduzir suas ambições digitais em planos de ação concretos, o que resulta em projetos desconectados, desperdício de recursos e dificuldade para modernizar sistemas legados. Sem uma estratégia clara, ideias inovadoras se perdem antes de gerar impacto real.

O momento de agir é agora. As empresas que souberem transformar dados em inteligência, inovação em estratégia e tecnologia em valor para o cliente não apenas irão sobreviver, mas serão líder de mercado. O futuro já começou – e ele pertence às seguradoras que tiverem a ousadia de moldá-lo.

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