Internacionalização: como expandir as operações de uma corretora de seguros para o exterior

Internacionalização: como expandir as operações de uma corretora de seguros para o exterior / Foto: Andrea Piacquadio / Pexels
Foto: Andrea Piacquadio / Pexels

Assunto é tema de coluna inédita de Bernard Biolchini, CEO do Grupo Pentagonal Seguros

Os desafios da economia brasileira e a necessidade constante da diversificação de negócios fazem com que os empreendedores almejem, naturalmente, a internacionalização de suas operações. Neste sentido, a coluna de hoje irá abordar este tema, que é muito relevante e tem como objetivo evidenciar como funciona o planejamento para realizar este tipo de operação, assim como sua preparação, estratégia, possibilidades, riscos e – claro – como acontecem os trâmites imigratórios.

No caso da Pentagonal Seguros, nossa expansão aconteceu de forma gradual – trabalhando com as melhores seguradoras do mercado e trazendo franqueados com atrativos relevantes, como o baixo investimento inicial e capital de giro, além da alta lucratividade, retorno rápido e realização profissional.

Principais pontos a serem mapeados ao decidir expandir um negócio para fora do Brasil

  • Aderência do mercado ao seu produto
  • Capacidade legal e técnica para atuar na respectiva localidade
  • Preparação de cronograma, juntamente com o capital a ser investido em cada passo
  • Avaliação da disponibilidade financeira para o respectivo investimento

Desbravando novas culturas e mantendo o sucesso operacional

Uma das questões mais frequentes sobre o processo de internacionalização é como desbravar novos mercados, sem impactar as operações nacionais. Para isso, costumo enfatizar a importância da boa estruturação de ferramentas de gerenciamento e treinamento do time.

Preparação para desbravar o mundo com o seu negócio

Além de alguns anos de planejamento, o processo de expansão de uma marca brasileira para outros países não pode se dar da noite para o dia. É preciso, antes de mais nada, preparar todo o aspecto legal, estudar os detalhes – de forma minuciosa – como, por exemplo, qual a época correta de imigrar, como ficará a escola dos filhos, como é a região, onde será a moradia e ter sempre alguma carta na manga para caso algo dê errado. Não esqueça também de preparar a sua família, os aspectos psicológicos e, principalmente, manter a mente aberta para compreender que você está indo para uma outra realidade, uma nova cultura, e precisa ter humildade para aprender muito.

Muitas pessoas acreditam que é complicado lidar com as documentações necessárias para se viver e trabalhar em outro país, mas – bem na verdade – a maioria desiste de sentar para estudar quais são, realmente, todas as exigências. Se você quer algo mágico, que aconteça da noite para o dia, simplesmente esqueça. Nunca poderá dar um passo assim. Agora, se você encara esse desafio como um projeto e coloca cada etapa a ser cumprida como um avanço, irá simplesmente gerenciar todas as microtarefas e tornará o processo mais prazeroso e fácil.

No meu caso, por exemplo, fiz minha cidadania portuguesa em 8 meses, já a de minha filha caçula – que veio comigo – dei entrada em 2018. Por conta da pandemia, a cidadania só foi obtida em 2021. O importante é manter a constância e o foco.

Possibilidades ao abrir operações no exterior

No meu caso, costumo dizer que nem tudo na Europa é bom e nem tudo no Brasil é ruim. Em todas as áreas é possível enxergar muitas oportunidades, mas é necessário – sempre – manter o foco nos objetivos.

Enxergo cada projeto como o voo de uma aeronave. Se houver muito planejamento, com muitos checklists, um excelente plano de voo e mais alguns backups prontos para situações adversas, o risco é quase zero. Portanto, para quem quiser dar este passo, recomendo planejamento minucioso.

Conclusão

Acredito que o brasileiro precisa ousar ainda mais, sair da bolha e enxergar o mundo como um território a ser explorado.

Desde pequenos, a nossa formação escolar é muito focada apenas no Brasil.

Na América Latina somos (com exceção das Guianas e Suriname) o único país a não falar Espanhol. O nível de Inglês é muito baixo e os cursos não costumam ser acessíveis. Creio que isso nos torne muito fechados a este tipo de projeto.

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