Confira análise de Alexandre Lohmann, economista chefe da Constância Investimentos
O IPCA-15 de setembro saiu ligeiramente abaixo das expectativas do mercado (0.35% x 0.38%).
As principais pressões vêm dos preços administrados, que subiram 1,54%, pressionados pelo reajuste dos combustiveis pela Petrobas no meio de Agosto.
Os preços dos serviços subjacentes, um dos indicadores mais acompanhados pelo mercado e pelo Copom nesse estágio do ciclo de desinflação, apresentaram alta substancial (0,14% no IPCA de setembro versus 0,34% no IPCA-15 de dezembro) devido à recomposição dos preços de taxa e aluguéis, que voltou a subir 0,40%.
Os serviços devem continuar sendo pressionados até o fim do ano devido aos reajustes de querosene de aviação e à sazonalidade em pacotes turísticos e transporte de aplicativos.
Por outro lado, houve uma queda nos preços industriais de -0,16%. No entanto, a média dos núcleos é estável em comparação com o IPCA-15 de setembro.
Os dados não incluem surpresas substanciais que permitam uma aceleração do ritmo de corte pelo Copom.
Observação do economista : Nas próximas publicações esperamos uma aceleração dos preços livres pressionado por clima e sazonalidade de fim do ano. Previsão do IPCA 2023 da Constãncia (5.1%), inclui impacto substancial do clima sobre preços dos alimentos.