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IRB(Re) registra lucro líquido de R$ 65,2 milhões no 2º trimestre de 2024

Marcos Falcão, CEO do IRB(Re) / Foto: Divulgação
Marcos Falcão, CEO do IRB(Re) / Foto: Divulgação

Ressegurador registra resultado positivo pelo sexto trimestre consecutivo

O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 65,2 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24). Os números, divulgados nesta quarta-feira (14 de agosto), consideram a Visão Negócio e mostram a evolução do ressegurador, que obteve resultado positivo pelo sexto trimestre consecutivo. O valor apurado entre abril e junho deste ano é 224,6% superior ao reportado um ano antes, R$ 20,1 milhões no 2T23.

No acumulado de 2024, a companhia obteve lucro líquido de R$ 144,3 milhões, alta de R$ 115,7 milhões ante o 1S23, quando apurou R$ 28,6 milhões. O resultado do 1S24, que tem como destaque os resultados de subscrição e financeiro, é 403,9% superior ao verificado um ano antes e supera o lucro líquido total do ano de 2023 em 26%, mesmo considerando os impactos da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.

“Nossos números mostram que, trimestre a trimestre, evoluímos de forma consistente, em consequência da nossa estratégia de negócios. E, agora, os números do 2T24, quando apresentamos lucro líquido de R$ 65,2 milhões, índice de sinistralidade de 65% e índice combinado de 106%, mostram evolução em relação ao 2T23. Números que incluem os impactos da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. E lembro: o ato de pagar sinistros é a entrega do nosso produto”, afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).

“Acredito que, olhando a trilha dos últimos 12 meses, conseguimos enxergar mais claramente nossa evolução. Tendo como ponto de partida o início da nova gestão, no fim de 2022, promovemos a limpeza da carteira; colocamos foco no índice combinado, que estava em 136% e vem declinando de forma consistente e gradual; obtivemos resultado de subscrição crescente, ou seja, estamos ganhando dinheiro no nosso core business; e verificamos uma curva de resultado líquido crescente e positiva. Quando entramos, o ano de 2022 havia fechado com prejuízo de R$ 630 milhões. Alcançamos lucro líquido de R$ 230 milhões nos últimos 12 meses. Seguimos comprometidos em gerar resultados sustentáveis, no longo prazo, com foco na rentabilidade do negócio e controlando os itens que estão sob nossa gestão: preço, despesas e custos”, completa.

Resultado de subscrição positivo

O resultado de subscrição totalizou R$ 33,7 milhões no 2T24, 4,7% inferior ao 2T23 (R$ 35,4 milhões), influenciado pelos sinistros retidos – soma da PSL com o IBNR – devido às chuvas no Rio Grande do Sul. No acumulado do ano, o resultado de subscrição total somou R$ 156,2 milhões frente a R$ 39,1 milhões no 1S23. Alta de 299%.

Em linha com a estratégia de concentração de negócios no Brasil e de redução da participação no exterior, o prêmio emitido total avançou 2,8%, no 2T24, na comparação anual, registrando R$ 1,434 bilhão. A participação de negócios firmados no Brasil teve alta, alcançando 82% do portifólio no 2T24.

Em relação ao volume, houve crescimento de 18,4% no prêmio emitido no Brasil na comparação com o 2T23: R$ 1,178 bilhão. Já o prêmio emitido no exterior, que representou 18% do portifólio, totalizou R$ 256,2 milhões no 2T24, queda de 35,9% em relação ao 2T23. No primeiro semestre do ano, o prêmio emitido foi de R$ 2,874 bilhões, inferior ao reportado no 1S23 em 3,5%.

“Considerando a estratégia de concentrar negócios no Brasil, podemos observar, semestre a semestre, a redução dos negócios internacionais – excluindo a América Latina – que, no 1S24, respondem por 16% da carteira. Ao mesmo tempo, podemos ver, no mesmo período, incremento de negócios no Brasil para quase 78% no 1S24. Assim, continuamos com a estratégia para concentrar 70% dos nossos negócios no Brasil, 20% na América Latina e 10% para as demais exposições internacionais. Notem que nosso percentual de prêmios na América Latina ainda está baixo, 6,4%, uma vez que as renovações destes negócios ocorrerão no 3T24. A maior parte dos clientes latino-americanos renova seus negócios em 1º de julho. No 1S24, crescemos 11,8% no Brasil e decrescemos 34,9% no exterior, em linha com a estratégia”, analisa Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).

Sinistro retido total caiu 10%

O sinistro retido total caiu 10,1%, na comparação do 2T24 com o 2T23, fechando em R$ 675,5 milhões. Com isso, o índice de sinistralidade total passou de 73,6% para 65%, melhor em 8,6 p.p. mesmo considerando os impactos dos sinistros oriundos das chuvas no Rio Grande do Sul. Considerando a geografia, a sinistralidade, no 2T24, foi de 62% no Brasil e 75% no exterior, ambos com resultado melhor que no 2T23. No acumulado do ano, a sinistralidade reduziu 13,8 p.p., de 75,6% para 61,8%.

“Em relação aos impactos da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, destaco que seguimos com o compromisso de realizar as análises e os pagamentos o mais breve possível. Até junho, apuramos R$ 150 milhões de sinistros avisados (PSL) somados a R$ 107 milhões de provisões de IBNR, totalizando R$ 257 milhões contabilizados na linha de sinistros retidos. Os segmentos mais afetados são: patrimonial, habitacional e engenharia. Para estas linhas de negócios, temos o programa de retrocessão e, após atingir um limite, repassamos os riscos para os retrocessionários. Para os demais riscos, foi realizada provisão de IBNR, visando fazer frente aos nossos compromissos relacionados a este evento. Passados três meses do ocorrido, temos segurança em afirmar que estamos bem provisionados para potenciais sinistros futuros e temos proteção para o que ultrapassar certos montantes”, explica Castillo.

A companhia também melhorou o índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas –, que passou de 107,5%, no 2T23, para 106%, no 2T24. No acumulado do ano, houve melhora também em 6,6 p.p. totalizando 102,1% no 1S24. “Podemos observar a evolução do índice combinado, que, no 2T24, se reduz em 1,5 p.p.. Lembramos que o índice combinado demonstra a saúde da subscrição. Esse índice traz o efeito de anos anteriores e a redução dele nos indica que estamos no caminho certo. Apesar da catástrofe do Rio Grande do Sul, nosso índice combinado se reduz”, comenta Castillo.

Redução das despesas gerais e administrativas

As despesas gerais e administrativas do IRB(Re), no 2T24, totalizaram R$ 83,8 milhões. Valor 3,3% melhor que o reportado no 2T23. O índice de despesas administrativas alcançou 8,1% no 2T24. No acumulado do ano, as despesas administrativas se mantiveram inferiores ao ano passado, totalizando R$ 158,7 milhões, com índice de 8,1%.

O resultado financeiro e patrimonial da companhia, no 2T24, foi de R$ 165,8 milhões, 73,4% superior ao 2T23. Já no acumulado do ano, o resultado financeiro e patrimonial foi de R$ 307,5 milhões, maior do que o mesmo período do ano anterior em 27,5%.

“Encerramos o 2T24 com R$ 9,1 bilhões em ativos financeiros, contra R$ 8,5 bilhões do 2T23. Se excluirmos uma diferença de R$ 400 milhões, decorrente do recebimento de recursos de um contrato específico em junho para pagamento em julho, teremos R$ 8,7 bilhões em ativos. A alocação destes recursos pode ser dividida entre aproximadamente 60% de ativos no Brasil e 40% no exterior”, conta Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), braço de investimentos do ressegurador.

Suficiência nos indicadores regulatórios

O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. Em 30 de junho de 2024, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.

“O primeiro indicador, Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado, fechou o 2T24 com suficiência de R$ 820 milhões, ou seja, 82% acima do capital requerido, o melhor patamar desde setembro de 2021. Ressalto que, com a melhor seleção de riscos, reduzimos a necessidade de capital mínimo requerido em R$ 433 milhões no 2T24. O Índice de Cobertura de Provisões Técnicas encerrou o segundo trimestre com suficiência de R$ 609 milhões”, diz Falcão.

IFRS 17

O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pelo nosso regulador setorial, a Susep, e considerada pela empresa para tomar suas decisões, publicou seus resultados do 2T24 em IFRS 17, norma adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, trata os fluxos operacionais trazidos a valor presente, considerando o valor do dinheiro no tempo.

Considerando a metodologia da IFRS 17, o resultado da companhia no 2T24 foi positivo em R$ 194 milhões, ante prejuízo de R$ 37 milhões no 2T23. No 1S24, chegou a R$ 431 milhões. “Neste trimestre, destacamos que as receitas com resseguros aumentaram R$ 57 milhões; e as despesas com resseguros cresceram R$ 572 milhões em função, essencialmente, dos sinistros do Rio Grande do Sul. O resultado líquido com contratos de retrocessão aumentou R$ 765 milhões devido, principalmente, à recuperação desses sinistros. Por fim, o aumento do resultado financeiro líquido em R$ 136 milhões ocorreu, sobretudo, em função da variação cambial positiva”, afirma Falcão.

A Análise de Desempenho completa está disponível no site de Relações com Investidores da companhia.

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