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Julho Amarelo e as hepatites virais: mês de conscientização e prevenção

a blood test tube with a blood dropper attached to it
Photo by Aman Chaturvedi on Unsplash

Campanha reforça os alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde sobre gravidade, riscos, formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce dessas infecções conhecidas como silenciosas

Enquanto muitas doenças causam sintomas barulhentos, a hepatite viral costuma agir em silêncio e esse é justamente o problema. No julho amarelo do calendário da saúde, a proposta é justamente chamar a atenção para o perigo da sua capacidade de passar despercebida por anos, até que o fígado esteja seriamente comprometido. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a segunda principal causa infecciosa de morte no mundo. As hepatites virais são responsáveis por 1,3 milhão de mortes por ano, o equivalente a mais de 3.500 vidas por dia. No Brasil, os dados são bastante alarmantes. O Ministério da Saúde contabilizou em 2024 aproximadamente 320 mil pessoas com hepatite B ou C e, entre janeiro e maio deste ano, foram registrados cerca de 9 mil novos casos dessas duas formas da doença. Embora silenciosas, essas infecções têm impacto direto na qualidade de vida e representam risco elevado quando não diagnosticadas ou tratadas precocemente.

Também chamadas de hepatites virais, elas causam inflamação no fígado, órgão fundamental para funções como desintoxicação, metabolismo de nutrientes e produção de proteínas essenciais. Os principais tipos são A, B, C, D e E e eles diferem pela forma de contágio, gravidade e consequências para o organismo. 

“A hepatite é uma doença silenciosa e todos estamos vulneráveis a ela, desde bebês até adultos. Por isso é fundamental ficar atento ao contato com sangue e fluidos corporais e evitar compartilhar objetos cortantes como alicates, agulhas, lâminas, entre outros. Preservativos são obrigatórios em todas as relações sexuais”, alerta Dr. Arnaldo  Tanaka, infectologista do Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo). Ele ainda reforça dois pontos muito importantes de prevenção: a vacinação contra hepatites dos tipos A e B é essencial e que procedimentos estéticos ou médicos devem ser realizados com materiais descartáveis ou esterilizados, garantindo segurança para toda a família.

Tipos de Hepatites, características e tratamento

No caso das infecções é muito importante estar atento aos sintomas e manter o calendário de vacinação e tratamentos em dia. Abaixo, os tipos e formas de transmissão: 

Hepatite A: transmissão  ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Os sintomas iniciais são fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, fezes claras e pele e olhos amarelados. 

Hepatite B: adqurida por meio de sexo sem proteção, compartilhamento de objetos de uso pessoal como lâminas, escovas de dentes, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas (cachimbos, canudos, seringas), na confecção de tatuagem e na colocação de piercings com materiais não esterilizados ou descartáveis. Ela também pode ser transmitida durante a gestação ou parto da mãe para o bebê. Esse tipo não apresenta sintomas. 

Hepatite C: contato com sangue contaminado por meio do compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos perfurocortantes sem a devida esterilização. Também por meio de relações sexuais sem o uso de preservativos ou pela transmissão vertical (nessas duas situações, menos comum). Na maioria dos casos, não apresenta sintomas.

Hepatite D: transmissão por meio de sexo sem proteção, compartilhamento de objetos de uso pessoal, materiais de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings sem a devida esterilização. A hepatite D também não apresenta sintomas e, quando presentes, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Prevenção e Cuidados

  • Estar em dia com a vacinação, disponível gratuitamente (de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações) contra hepatite A e B;
  • Uso de preservativos para reduzir a transmissão de B e D;
  • Materiais descartáveis ou esterilizados em procedimentos diversos como clínicas, salões, consultórios, estúdios de tatuagem e locais com uso de agulha; 
  • Higiene alimentar e ambiental. Lavar bem os alimentos, evitar água de procedência duvidosa; 
  • Testagem e triagem em doações. Bancos de sangue e clínicas devem garantir testes confiáveis.

“A hepatite pode evoluir em silêncio, sem sintomas, por anos. É fundamental que as pessoas se vacinem, façam testes regulares e adotem cuidados simples, como uso de preservativo e atenção a agulhas descartáveis. O diagnóstico precoce permite tratamento eficaz e evita sequelas graves, como cirrose e câncer. Campanhas como o Julho Amarelo são vitais para conscientizar a população sobre prevenção e testagem”, alerta o infectologista.

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