“Não somente em campanhas específicas, a multiplicidade de olhares e colaboradores precisa ser realidade o ano inteiro nas empresas”, pontua especialista em audiovisual corporativo
De acordo com pesquisa do Reclame AQUI realizada com 22 mil usuários, mais de 93% dos consumidores deixam de comprar com uma empresa envolvida em alguma polêmica, como corrupção, trabalho análogo à escravidão, testes com animais etc. Percebe-se que é cada vez mais comum que os clientes busquem marcas com as quais possuem alinhamento de valores e propósitos para virarem consumidores.
Com a chegada do Mês do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em Junho, muitas empresas começam a se posicionar e a levantar bandeiras. “No entanto, em um mundo hiperconectado 24/7 e com multicanais, nossas lutas como pessoas e profissionais precisam ser diárias, assim como a adoção de causas e da diversidade por parte das empresas. Nesse sentido, o vídeo é a ferramenta para esse posicionamento ser realizado pelas companhias de maneira efetiva, mas é essencial que essas companhias entendam o real motivo pelo qual estão se posicionando e avaliem se isso está de acordo com seus valores e propósitos como marca”, explica Simone Cyrineu, CEO e fundadora da thanks for sharing, produtora especializada em vídeo motion design, que oferece inteligência e experiência audiovisual.
Das ferramentas de comunicação corporativa, o audiovisual é uma das mais utilizadas pelas empresas quando precisam dialogar com seus públicos, seja com o objetivo de conquistar espaço no mercado, esclarecer diferenciais competitivos, aumentar conhecimento ou, neste caso, levantar bandeiras. Por sua vez, a thanks for sharing aposta em metodologias ágeis de trabalho e automatização para atender às necessidades de comunicação e negócio das corporações.
Mais importante do que levantar bandeiras, pontua a especialista, é literalmente viver a diversidade. Muitos dados mostram que múltiplos olhares trazem retorno financeiro, mas é essencial que eles sejam reais com colaboradores e políticas internas de incentivo à população LGBTQIA+, uma vez que o olhar dessas pessoas para a elaboração da campanha é essencial para justamente não cair no estereótipo.
Quanto à realização de campanhas e vídeos, a representatividade comercial importa na mídia uma vez que, com isso, uma parte da população é educada a falar sobre o assunto. E, uma vez realizada a ação, é imprescindível ouvir feedbacks, ou seja, escutar é fundamental para evoluir e atingir o propósito desejado e que esteja em conformidade com a população LGBTQIA+.
Simone Cyrineu, como CEO e fundadora da empresa, ressalta que, além do Mês do Orgulho, incluir a população LGBTQIA+ é ter uma cultura e um ambiente de confiança e saudável para as pessoas que trabalham se expressar da maneira que são, não somente dentro da bandeira, mas também dentro de outros contextos de causas e minorias. A thanks for sharing, por sua vez, dá preferência para esse recorte da população nas contratações e processos seletivos, uma vez que a empresa acredita ser essencial dar o espaço que essas pessoas não o tiveram e para que elas possam, em um ambiente seguro, acolhedor e de confiança, mostrar que são capazes de ser quem elas querem tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.
“Isso deveria ser o padrão e não uma bandeira. Mas, infelizmente essa ainda não é a realidade e precisamos conscientizar a respeito disso para que cada vez mais as empresas trabalhem com profissionais que tenham contextos sociais diferentes entre si, uma vez que ser de uma população, até então discriminada, não deveria nos colocar em pé de diferença”, finaliza a CEO.
